Pesquisa na Fazu avalia novas cepas de fungos entomopatogênicos no controle biológico da cigarrinha do milho

A Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba) está realizando uma pesquisa para avaliar a eficácia de novas cepas de fungos entomopatogênicos no controle biológico da cigarrinha do milho. Em parceria com a Renovagro, o estudo busca desenvolver métodos sustentáveis e eficientes para combater essa praga que impacta significativamente a produção agrícola. A pesquisa é coordenada pelos professores, Dr. Diego Fraga e Dr. Luan Odorizzi, e tem como estagiária Cenitha Maria de Carvalho Oliveira, do Curso de Engenharia Agronômica, além de contar com o apoio dos alunos do Gepea (Grupo de Estudos e Pesquisa em Entomologia Aplicada da Fazu).

A pesquisa consiste na liberação e avaliação de cigarrinhas após serem expostas a diferentes dosagens de cepas de fungos. Para isso, 240 gaiolas contendo plantas de milho foram utilizadas, sendo protegidas por telas para alocar as cigarrinhas e garantir condições controladas para o estudo. “Com base nos resultados obtidos, novos produtos poderão ser desenvolvidos, oferecendo uma alternativa eficaz e sustentável para os produtores rurais que enfrentam os desafios causados por essa praga”, explica Luan.

A cigarrinha do milho é reconhecida como uma praga de grande impacto na agricultura, sendo capaz de causar até 70% de perda total na colheita. O dano está associado principalmente ao enfezamento do milho, uma condição causada pela infecção da planta por molicutes transmitidos pela cigarrinha. Essas substâncias podem resultar em prejuízos consideráveis, afetando o desenvolvimento das plantas e reduzindo a produção.

Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) indicam um aumento impressionante de 177% na população de cigarrinhas-do-milho nos últimos dois anos, acarretando prejuízos expressivos em milharais. Além dos prejuízos diretos, a praga é responsável pela transmissão de doenças, como o complexo de enfezamento, resultando em perda de espigas e diminuição da produtividade.

A pesquisa da Fazu destaca o uso de fungos entomopatogênicos. “Esses agentes biológicos representam uma alternativa promissora aos métodos tradicionais, oferecendo uma abordagem mais sustentável e ecologicamente correta para o controle de pragas”, completa Diego.

A pesquisa da Fazu representa um passo significativo na direção de práticas agrícolas mais sustentáveis, destacando a importância do controle biológico como uma estratégia eficaz no manejo de pragas. O desenvolvimento dessas soluções pode trazer benefícios não apenas para os produtores rurais, mas também para a segurança alimentar e a preservação dos ecossistemas agrícolas.

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