Professor da Fazu orienta projetos de quatro fazendas de pecuária de corte no Goiás

O professor da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), Adilson de Paula Almeida Aguiar, esteve entre os dias 27 de novembro e 01 de dezembro, juntamente com o seu colega Lucas Castro Silva, da Lancer Consultoria, trabalhando no estado de Goiás atendendo quatro clientes em fazendas de pecuária de corte.

Fazenda Rancho Alegre

O professor Adilson Aguiar trabalhou, nos dias 27 e 28 de novembro, no projeto da Fazenda Rancho Alegre, no município de Nova Crixás, no estado de Goiás. A Rancho Alegre é gerenciada por Reginaldo Guimarães Filho, que é cliente do professor Adilson desde 1994 quando o professor orientou um projeto de intensificação para a produção de carne em pasto em uma fazenda da família de Reginaldo, em Barretos (SP). Já na Fazenda Rancho Alegre o professor Adilson começou a trabalhar em 2015.

“A fazenda possui uma área total de 2.524 ha, dos quais 1.730 ha são uteis explorados basicamente com pastagens das forrageiras capins Andropogon, Braquiarão e Humidicola. A atividade desenvolvida é a recria/engorda de animais machos inteiros zebus e cruzados europeu/zebu”, afirma Aguiar.

Na fase de recria os animais são suplementados com suplemento múltiplo mineral/protéico/energético no nível de 0.3% do peso corporal, enquanto a engorda é feita em dois sistemas, o semi-confinamento (0.5 a 1.5% de suplementação em relação ao peso corporal) e a TIP (terminação intensiva em pasto, com 1.5 a 2% do peso corporal).

Neste projeto, o professor Adilson vem orientando o manejo do pastejo, o manejo e o controle de plantas infestantes e de pragas, a melhoria da infraestrutura para melhorar o manejo da pastagem. “Na safra 2018/2019 os indicadores econômicos e zootécnicos da Fazenda Rancho Alegre a posicionou entre os Top 30% mais rentáveis do benchmarking do Instituto Inttegra, mérito da liderança e da gestão do gestor da fazenda”, finaliza.

Fazenda Acará (FAZAC)

Nos dias 29 e 30 de novembro o professor Adilson Aguiar fez o seu segundo trabalho de rotina, de 2019, para a Fazenda Acará (FAZAC), no município de Britânia, Goiás. É um projeto que o professor acompanha desde 1999, com duas a quatro visitas anuais.

“A propriedade desenvolve as atividades de agricultura e pecuária. A área total é de 5.633 ha, dos quais 3.839 são úteis. Destes 947 ha são irrigados por pivôs centrais, sendo 8 pivôs de lavoura onde são cultivadas 2,5 a 3,0 safras/ano, com os cultivos de milho para produção de silagem de grãos úmidos, milho para silagem de espiga (“earlage”), feijão e soja. Entre os intervalos destas culturas, às vezes, é cultivado milheto para pastejo ou para a produção de palhada e cobertura morta”, destaca o professor.

Um pivô é explorado exclusivamente com pastagem para preparar animais para o confinamento onde em 65 ha pastejam entre 700 a 1.380 animais (no dia 30/11/19 pastejavam nesta área 780 animais com taxa de lotação de 12 animais/ha e 10,40 UA/ha). Nas últimas três safras (2016/17; 2017/18 e 2018/19), nesta pastagem irrigada de 65 ha na média, pastejaram 894 cabeças, com taxas de lotação de 13.7 cabeças/ha e 9.0 UA/ha, alcançou uma produtividade média da terra de 112 @/ha com ganho médio diário de 0,67 kg/cabeça/dia.

Os restantes 2.820 hectares, dos quais 2.683 ha são uteis, estão em processo de intensificação cujos solos em 2015 receberam calcário e gesso agrícola e na safra 2015/2016 foram adubados com composto organomineral produzido com o esterco recolhido nos currais do confinamento, enquanto nas safras 2016/17, 2017/18 e 2018/2019 foram adubados com o esterco e o dejeto liquido do confinamento e uma área mais intensificada recebeu adubação química com N e K (nitrogênio e potássio, respectivamente). Durante o período chuvoso dos 2.683 ha uteis, 1,230 ha ficam submersos devido às cheias dos rios Araguaia e Vermelho e o rebanho pasteja em apenas 1.387 ha. No dia 30/11/19, 3.930 animais pastejavam na área de pastagens de sequeiro com taxa de lotação de 2,8 cabeças/ha e 2,3 UA/ha. Somando as áreas do pivô e das pastagens de sequeiro as taxas de lotação estavam em 3.2 cabeças/ha e 2.6 UA/ha. Na safra 2018/2019 a produtividade média ponderada alcançada em pasto (2.45% da área irrigada e 97.55% em sequeiro), foi de 14.5 arrobas/ha/ano com ganho médio diário de 0.56 kg/cabeça/dia. A recria é feita em pasto e a terminação (engorda) o ano inteiro em um confinamento com capacidade estática para 6.500 bois. Nos dias 29 e 30/11 estavam em confinamento 2.269 animais, porque no período chuvoso, por causa da formação de lama é preciso reduzir a ocupação dos currais.

Neste projeto, o professor Adilson Aguiar é responsável pela orientação no manejo da pastagem (escolha de forrageiras; plantio e recuperação da pastagem; correção, adubação e irrigação do solo; controle de plantas invasoras e insetos pragas; planejamento de longo, médio e curto prazos etc.). Nas visitas entre várias atividades o professor Adilson ministra treinamentos para as equipes de trabalho da propriedade.

Fazenda Curral Velho

O professor Adilson Aguiar trabalhou, no dia 01 de dezembro de 2019, no projeto da Fazenda Curral Velho, na região noroeste do estado de Goiás, no município de Matrinchã. O primeiro trabalho de campo foi realizado no dia 16 de agosto de 2017 quando já tinha um ano que o professor Adilson Aguiar vinha inventariando os recursos desta propriedade que estava em um processo de negociação para compra entre um cliente do professor e o proprietário anterior. O negócio foi realizado em setembro de 2017. No dia 12 de novembro deste ano o professor Adilson voltou a propriedade para apresentar o projeto de modulação das pastagens e avaliar os procedimentos já executados desde a compra da fazenda.

De acordo com o professor, no dia 29 de abril de 2018 o professor Adilson avaliou o novo mapa com o croqui da modulação de pastagens; o padrão de estabelecimento de novas pastagens, os primeiros módulos de pastejo; as instalações (curral novo, galpão para máquinas, corredores de acesso, cercas, áreas de lazer, bebedouro), máquinas e veículos comprados e orientou o manejo do pastejo, o dimensionamento de cochos para arraçoamento, a renovação de pastagem degradada, a correção e adubação do solo e o controle de pragas e de plantas invasoras. No dia 25 de novembro de 2018, o professor reavaliou todos estes parâmetros e deixou novas orientações.

No último dia 01 de dezembro, da área total de 229 ha, estavam sob pastejo 219 ha com um rebanho de 621 cabeças de animais machos inteiros nelorados e cruzados Angus/Nelore com peso corporal médio de 263 kg suplementados com suplemento mineral/protéico/energético no nível de 0.3% do peso. As taxas de lotação estavam em 2.83 cabeças/ha e 1.7 UA/ha. O plano de negócio que o professor Adilson e o novo proprietário da fazenda estão executando é a recria intensiva de 2.000 a 2.500 machos em 229 hectares, sendo destes 78 que serão irrigados por pivô central, com terminação dos animais em semi-confinamento e em confinamento no período da seca.

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