O professor da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), Adilson de Paula Almeida Aguiar, e seu colega o zootecnista e egresso da Fazu, Lucas Castro Silva, da Lancer Consultoria, trabalharam entre os dias 22 e 25 de maio no estado do Goiás em fazendas de pecuária de corte.
Fazenda Santo Antônio do Sapecado
Nos dias 22 e 23 de maio o trabalho foi no município de Caldas Novas (GO) na Fazenda Santo Antônio do Sapecado de propriedade da Galvão Agropecuária, de Luiz Régis Galvão Filho, para o trabalho de rotina no acompanhamento do projeto que teve início sob a orientação do professor Adilson em junho de 2011 quando ele fez o inventário dos recursos da propriedade: clima, solos, pastagens, rebanho, benfeitorias e edificações, máquinas, implementos, veículos, capital, os objetivos e as metas do proprietário.
Posteriormente o professor Adilson Aguiar indicou o colega Mateus Contatto para fazer o acompanhamento da execução do projeto por meio de visitas de rotinas desde 2012, enquanto o professor Adilson faz visitas esporádicas. O colega Mateus é egresso do curso de Zootecnia da Fazu, graduado em 2009, especialista em Gestão do Agronegócio, professor nos cursos de pós-graduação da Fazu de Manejo da Pastagem e Nutrição e Alimentação e consultor da Contatto Consultoria. A partir de janeiro de 2018 o professor Adilson voltou a assumir sozinho o acompanhamento do projeto.
“O rebanho no dia 23 de maio estava composto por 1.104 cabeças nas fases de cria, recria e engorda (atividade de ciclo completo), e destas 704 cabeças são de fêmeas em idade reprodutiva. Na fazenda estavam pastejando em 348 hectares 854 cabeças, com taxa de lotação de 2,4 cabeças/ha e 1.8 UA/ha, mais 53 animais confinados e o restante estava em pastagens alugadas em áreas vizinhas que retornarão para a fazenda em junho. No trabalho de fevereiro a taxa de lotação estava em 3.0 cabeças/ha e 2.0 UA/ha”, comenta o professor.
A meta é alcançar um rebanho de 2.000 cabeças média ano. Para alcançar esta meta a propriedade foi toda modulada em 87 piquetes com área média de 4 hectares cada um; o programa de correção e adubação do solo para a intensificação teve início na safra 2018:2019; um confinamento para 1.000 cabeças estáticas foi construído com plano de expansão; 86 hectares serão cultivados para a produção de silagem.
O principal objetivo do proprietário é conduzir um projeto para produção de carnes especiais de animais cruzados Angus/Nelore.
Fazenda Primavera
O professor Adilson fez a segunda etapa de 2019 do seu trabalho na Fazenda Primavera, que fica no município de Santa Rita do Novo Destino, estado de Goiás. A área da propriedade é relativamente pequena para os padrões das fazendas de pecuária de corte do Brasil, possuindo 322 hectares de área total e, no final do projeto, terá 206 hectares de área útil que será toda explorada com pastagens intensivas com um potencial de chegar a um rebanho de 2.000 animais no período de novembro a maio. A atividade explorada é a recria e a engorda de bovinos machos.
“A fazenda foi recém-adquirida e antes era explorada com o cultivo de cana-de-açúcar para usinas da região. O ponto positivo desta situação é que o proprietário e toda a sua equipe tiveram a oportunidade de implantar um projeto ideal no sentido de tudo poder ser feito com bases técnicas/cientificas de medidas, dimensionamentos”, comenta Aguiar.
A primeira etapa do trabalho do professor Adilson neste projeto foi nos dias 06 e 07 de dezembro de 2017 quando ele fez o inventário dos recursos e com base neste emitiu o diagnóstico da situação potencial e com base neste diagnóstico apresentou um projeto para toda a implantação das benfeitorias, edificações, pastagens e com executar o trabalho. Em 24 e 25 de maio e 29 de novembro de 2018, e 12 e 13 de fevereiro e 24 e 25 de maio de 2019, o professor Adilson retornou para acompanhar o andamento da implantação da infraestrutura do projeto e para orientar o planejamento para as safras 2018/2019 e 2019/2020.
O professor Adilson foi contratado para orientar a elaboração e a análise da viabilidade técnica e econômica do projeto, a implantação de todas as benfeitorias e edificações da propriedade, e para a fase de execução orientar o manejo da pastagem, o programa de suplementação do rebanho, o manejo animal.
“No dia 24 de maio a taxa de lotação estava em 2.19 e 2.15 cabeças e unidades animais por hectare, respectivamente (no dia 13 de fevereiro a taxa de lotação estava em 2,6 e 2,15 cabeças e unidades animais por hectare, respectivamente), ou 2,15 vezes acima da média do estado de Goiás e 3 vezes acima da média das pastagens brasileiras, com ganho médio diário de 1,10 kg/cabeça/dia desde novembro de 2018 com animais pastejando pastagens de capim-braquiarão sendo suplementados com 0,3% do peso corporal na recria/engorda inicial e 0,5% do peso na fase final de engorda”, afirma o professor.