O professor da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), Juliano Ricardo Resende, visitou um projeto de pecuária intensiva no estado de Goiás. O projeto é desenvolvido na Fazenda São Geraldo, que fica localizada no município de Paraúna/GO. Com uma área total de 6.123 há, a fazenda cultiva soja, milho, algodão e sorgo.
“As culturas de milho e sorgo são culturas de safrinha para produção de grãos ou silagem, ambos usados no confinamento com capacidade de alojar 10.000 bois estáticos. O grupo concluiu que é melhor transformar o milho produzido em carne e comercializar o boi que vender o grão como a maioria dos agricultores fazem. Nas áreas de terra arenosa a produtividade da soja é baixa inviabilizando essa cultura, nelas a pastagem se adapta muito bem”, conta Juliano.
Segundo dados do professor, do total de 919 ha de área de pastagem sendo 60% Tifton 85, 35% braquiarão e 5% Mombaça, a fazenda tem em média 10.000 cabeças. O planejamento alimentar foi feito para atingir 11.500 cabeças em outubro de 2017, lotação de 7 UA/há na média. A região chove em torno de 1.700 mm/ano de forma bem concentrada na primavera/verão, período de intensa adubação das pastagens. Para alcançar tal suporte foi aplicado no ano agrícola 2016/2017 165 kg de nitrogênio, 158 kg de potássio, 38 kg de P2O5 por hectare considerando a área total.
“A viabilidade desse sistema é indiscutível e áreas de soja e algodão vem perdendo espaço para a pecuária. Durante anos se compara pecuária extensiva com agricultura intensiva, o que não é correto. A pecuária intensiva é sim uma excelente opção de investimento e uso da terra, alta liquidez, baixo risco financeiro, menor dependência climática e deveria ser mais predominante nas fazendas desse Brasil”, ressalta o prof. Juliano Resende.