Fazu recebe representantes do Núcleo Amanar da Casa das Áfricas

A Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), por meio do seu diretor acadêmico, Carlos Henrique Cavallari Machado, recebeu ontem (22/02), os representantes do Núcleo Amanar da Casa das Áfricas, a antropóloga, pesquisadora e professora Dra, Denise Dias Barros, e o historiador e doutorando em história pela Universidade de São Paulo (USP), Mahfouz Ag Adnane. O objetivo da visita foi apresentar Núcleo Amanar e suas propostas, além de discutir a possibilidade de parcerias técnico-científica.

O projeto apresentado visa a educação de jovens Kel Tamacheque: graduação e pós-graduação para o desenvolvimento de sociedades nômades. O projeto do Núcleo Amanar tem o objetivo de criar possibilidades de formação universitária de pós-graduação (mestrado e doutorado) tanto em instituições de ensino superior públicas como privadas para jovens saarianos da sociedade Tamacheque. Os representantes do Núcleo estiveram na Fazu para tentar estabelecer uma rede de apoio institucional, como bolsas e outras modalidades.

A visita foi realizada pelo intermédio do egresso do curso de Zootecnia da Fazu, Dionário Faustino Dias Barros, que é irmão da pesquisadora Denise Dias Barros.Também participou da reunião o responsável pelo projeto Centro de Referência da Equinocultura Racional (CRER) na Fazu, o engenheiro agrônomo Mário Márcio Souza da Costa Moura.

​Além dos representantes que visitaram a Fazu, faz parte do Núcleo do projeto, o educador e président du Conseil pédagogique du système de I’Education dans le camp des Réfugies maliens en Mauritanie à M’Berra, Ahmed Ag Hamama. ​

Sobre a Casa das Áfricas e do Núcleo Anamar

A Casa das Áfricas é uma plataforma que abriga dois núcleos. O núcleo Amanar é um coletivo voltado para pesquisa, de formação e promoção de atividades culturais e artísticas relacionadas ao continente africano.

Sobre os Representantes

Denise Dias Barros

A pesquisadora é a favor do retorno à normalidade democrática. Possui mestrado em Ciências Sociais (Antropologia) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1991) e doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1999). Realizou pós-doutorado na França em 2000-2001 junto ao Laboratoire systèmes de pensée en Afrique noire (École Pratique des Hâutes Études, CNRS), foi pesquisadora residente (fellow) do Institute for Advanced Studies de Nantes (2008, 2009). Docente aposentada pela Universidade de São Paulo onde trabalhou entre 1985 e 2015. Pertence ao quadro de docentes e orientadores do Programa de pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte da USP e de Terapia Ocupacional da UFSCar. É membro fundador da Casa das Áfricas em São Paulo. Recebeu em 2005, o terceiro lugar do prêmio Jabuti por seu livro Itinerários da loucura em territórios Dogon. É membro fundador e atuante do Projeto Metuia, Grupo insterinstitucional de pesquisas e ações pela cidadania de crianças, adolescentes e adultos em processos de ruptura das redes sociais de suporte. Realizou pesquisas sobre o tratamento social e a percepção da loucura, a migração, a história das relações entre arte e antropologia e as práticas religiosas (ancestralidade e Islã), tendo como campo a sociedade Dogon, na República do Mali. Desde 2010, a pesquisadora tem realizado estudos sobre mobilidade de pessoas no continente africano, notadamente entre o oeste e o norte da África com estudos de campo no Mali e na Egito e sobre expressões culturais tamacheque e em sua diáspora. No Brasil realiza estudos sobre grupos em processo de rupturas de redes sociais, religiosidade, mobilidade e migração. Atua no campo da Terapia Ocupacional Social, na Antropologia com ênfase em antropologia das sociedades africanas, interfaces entre artes e história e antropologia visual.

Mahfouz Ag Adnane

Graduou-se em história em 2010 pela Universidade Al-Azhar, Egito. É doutorando, desde 2015, e mestre em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/SP. Realizou dois anos de especialização em História Africana Contemporânea na Universidade do Cairo, Egito – Instituto de Pesquisa e Estudos Africanos. Dedica-se aos estudos sobre a história do Saara, principalmente, da sociedade Tamacheque (Tuaregue), tanto no período colonial como após as independências dos países africanos. É membro e pesquisador da Casa das Áfricas, núcleo Amanar; membro do CECAFRO, Centro de Estudos Culturais Africanos e da Diáspora.

 
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