Alunos da Fazu realizam estágios na Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos durante a ExpoZebu 2017

Novidade na 83ª edição da ExpoZebu, maior exposição de raças zebuínas do mundo, a Vila Hípica é um espaço com uma pista de areia especialmente para as competições, demonstrações e julgamentos das raças. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) marca presença na ExpoZebu com a segunda edição da Exposição Morfológica Passaporte de Cavalo Crioulo e acadêmicos da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba) foram convidados para estágios.

Aluno do 1º período do curso de Zootecnia, Luis Eduardo Mendonça, veio do Maranhão para estudar na Fazu e conta a experiência de realizar o seu primeiro estágio na faculdade. “A experiência na ExpoZebu tem sido incrível. É muito gratificante ter a oportunidade de conhecer pessoas diferentes, com uma cultura totalmente diferente da que somos acostumados, e ter também contato com a raça que é pouco conhecida por nós, mas que é uma raça encantadora, com muitas peculiaridades, suas características morfológicas, por exemplo, são diferentes de todas as raças que temos conhecimento aqui”, comenta Luis.

De acordo com o aluno, ele escolheu a Fazu pelo conceito da instituição, além de ter conhecido muitos profissionais que formaram na Fazu que ele admira. “Eu sempre soube que oportunidades como essa iriam surgir. Vir para Fazu já me proporcionou experiências incríveis, e já até conheci muitos dos que serviam de exemplo para mim”, afirma.

Segundo informações da ABCCC, o cavalo Crioulo tem sua origem nos equinos Andaluz e Jacas espanhóis, trazidos da península ibérica no século XVI pelos colonizadores. Estabelecidos na América, principalmente na Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e sul do Brasil, muitos desses animais passaram a viver livres, formando manadas selvagens que, durante cerca de quatro séculos, enfrentaram temperaturas extremas e condições adversas de alimentação. Essas adversidades imprimiram nestes animais algumas de suas características mais marcantes: rusticidade e resistência.

Em meados do século XIX, fazendeiros do sul do continente começaram a tomar consciência da importância e da qualidade dos cavalos que vagavam por suas terras. Esta nova raça, bem definida e com características próprias, passou a ser preservada, vindo a ganhar notoriedade mundial a partir do século XX, quando a seleção técnica exaltou o seu valor e comprovou suas virtudes. Em 1932, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), com a missão de preservar e difundir o cavalo Crioulo no país. Cinquenta anos depois, a prova do Freio de Ouro veio para ficar, tornando-se uma importante ferramenta de seleção, uma vez que motivou a otimização da raça, tanto morfológica quanto funcionalmente. A transmissão da prova pela televisão aumentou a visibilidade do cavalo Crioulo, cujo universo movimenta anualmente R$ 1,28 bilhão. Hoje são mais de 400 mil animais distribuídos em 100% do território nacional.

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