O professor da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), Adilson de Paula Almeida Aguiar, esteve entre os dias 26 a 29 de setembro, junto com seu colega de profissão o Zootecnista Lucas Castro Silva, egresso do curso de Zootecnia da Fazu e diretor da empresa Lancer, parceira da Consupec, empresa de consultoria do professor Adilson, visitando projetos de pecuária de corte e de leite nos municípios de São Sebastião do Paraíso, Passos, Cedro do Abaeté e Luz, todas no Estado de Minas Gerais.
Fazenda Santo Amaro
O professor Adilson e Lucas, visitaram no dia 26 de setembro, a Fazenda Santo Amaro, em São Sebastião do Paraíso, no sudoeste de Minas Gerais. A propriedade é da família Pimenta há três gerações. Atualmente a gestão desta propriedade está sob a responsabilidade do zootecnista e egresso da Fazu, Caio Pimenta Junqueira, que quando acadêmico participou do programa de monitoria coordenado pelo professor Adilson nos setores de Forragicultura e Pastagens, na Fazenda Escola da Fazu. Ele também fez estágios em fazendas acompanhadas pelo professor Adilson e fizeram várias viagens juntos e, mesmo após a graduação em 2004, ele continuou viajando com o professor.
“Na Fazenda Santo Amaro, que possui uma área total de 380 ha, são integradas três atividades, a produção de cafés especiais, em 130 ha, que é o carro chefe e a atividade mais tradicional da empresa; a produção de leite, que teve início em maio de 2014, e a produção de composto organomineral (2.400 t em 2017) para uso próprio e para a venda para terceiros. Especificamente na atividade leiteira são integradas a produção de leite e a produção de animais superiores através dos programas de melhoramento genético das raças Gir Leiteiro e Girolando”, destaca.
De acordo com Adilson, a atividade de pecuária leiteira é realizada em 175 ha, sendo destes 18 ha para a produção de volumosos suplementares (silagens de cana, milho e sorgo), e o restante para pastagens. Até o início de 2017, o volume de leite diário passou dos 1.300 litros. O projeto no médio prazo está planejado para alcançar um volume diário de 2.390 litros/dia, com 150 vacas em lactação com produtividade média de 16 litros/dia, em 56 ha, sendo 23,5 ha de pastagens intensivas e o restante para a produção de volumosos suplementares, com taxas de lotação no período chuvoso e da seca de 6,9 e 2,0 UA/ha, respectivamente.
O professor Adilson foi inventariar os recursos da propriedade e emitir um diagnóstico da situação atual e da potencial e validar se as metas do gestor do projeto poderão ser alcançadas com os recursos existentes.
Fazenda Santa Luzia
O professor Adilson e Lucas visitaram no dia 27 de setembro, a Fazenda Santa Luzia, em Passos. O projeto desta fazenda foi iniciado pelo senhor José Coelho Vitor, fundador do Grupo Cabo Verde, patriarca da família. Atualmente a propriedade é administrada por um dos filhos, o Médico Veterinário pela UFMG, Maurício Silveira Coelho. “O Grupo Cabo Verde integra na Fazenda Santa Luzia a engorda intensiva de suínos com a produção de leite e o melhoramento genéticos das raças Gir e Girolando. A área total desta propriedade compreende 920 ha, dos quais 675 ha são úteis. Destes 107 ha são cultivados para a produção de silagens de milho e de capim elefante, e os 568 ha restantes são explorados com pastagens nos níveis tecnológicos muito intensivo (são as pastagens irrigadas), intensivas e de médio a baixo nível de intensificação. Neste ano de 2017 o volume de leite produzido passará dos 10 milhões de litros, com volume diário médio de 27.400 litros, com 1.552 vacas em lactação e produtividade média por vaca de 17,6 litros”, afirma.
Segundo Adilson Aguiar, no dia da visita a produção diária bateu em 36 mil litros. A produtividade média da área útil está projetada para 15.000 litros de leite/ha. O programa de melhoramento genético da raça Girolando da Fazenda Santa Luzia é o mais conhecido do país e foi a primeira empresa a exportar esta raça. O leilão anual da raça Girolando da Fazenda Santa Luzia é o mais concorrido do Brasil e anualmente bate recordes de preço médio por animal. “A Fazenda Santa Luzia atualmente é um modelo de gestão de recursos hídricos, de tratamento e reuso de dejetos animais e integração de atividades”, destaca.
O Grupo Cabo Verde atualmente é administrado pelos cinco filhos do Senhor José Coelho Vitor que atualmente está dedicando ao programa de melhoramento genético da raça Gir Leiteiro na Fazenda São José do Can Can. O rebanho Gir da São José do Can Can é também um dos mais valorizados do país e o leilão anual realizado junto com o da Santa Luzia bate recordes de preços. Dois netos já trabalham na empresa, seno um deles egresso do curso de Zootecnia da Fazu, o Zootecnista João Victor, que durante a graduação foi monitor voluntario e depois remunerado das disciplinas ministradas pelo professor Adilson, e defendeu o seu TCC com um projeto de pesquisa realizado no setor de Pastagens da Fazenda Escola da Fazu.
Atualmente João Victor está em uma das fazendas do Pará do grupo. O Grupo Cabo Verde integra várias atividades de exploração da terra: agricultura (café e grãos em Minas Gerais), pecuária de corte, com fazendas em Minas Gerais e no Pará, suinocultura (engorda em Passos e ciclo completo em Santa Vitória, ambos em Minas Gerais), programas de melhoramento genético das raças Gir e Girolando (em Minas e no Pará), e Nelore e Tabapuã (no Pará) e a produção de leite na Fazenda Santa Luzia.
O professor Adilson presta consultoria nos projetos das fazendas Santa Luzia (Passos, MG) e Santa Lucia (Curionópolis, Pará) desde 1997.
Fazenda Centenária
Os colegas, Adilson e Lucas, visitaram no dia 28 de setembro, a Fazenda Centenária, em Cedro do Abaeté/MG, propriedade da família de Luis Augusto Dumont, gestor deste projeto. A Centenária é gerenciada por Marcondes e é uma propriedade de bovinos de corte que desenvolve o ciclo completo: cria, recria e engorda, de animais da raça Nelore e que vem adotando todas as tecnologias disponíveis para a intensificação da pecuária (estabelecimento de novas pastagens, controle de plantas invasoras e de insetos pragas, correção e adubação do solo, pastoreio rotacionado; calendário sanitário; suplementação programada; programa de melhoramento genético; IATF, etc.).
O professor Adilson acompanha este projeto desde 2007 com duas visitas por ano. Nesta visita específica o professor Adilson foi avaliar os plantios de novas pastagens, o programa de correção e adubação de solo para intensificação da produtividade de pastagens já implantadas, como também o programa de controle de plantas invasoras, da safra 2017/2018. A visita também teve como objetivo o planejamento da safra 2017/2018.
Fazenda Canoas
O professor Adilson e Lucas visitaram no dia 29 de setembro, a Fazenda Canoas, em Luz, onde o senhor Geraldo Pinto Fiuza e sua esposa Dona Amélia Lino Araujo, e dois de seus filhos, a Médica Veterinária Tânia Fiuza, e o Engenheiro Agrônomo Márcio Fiuza, selecionam Gir Leiteiro e produzem animais ½ sangue Girolando desde a década de 70. Os animais são vendidos para todo o país e a partir de 2017 a Fazenda Canoas vem fazendo parte de um programa de exportação de animais Girolando da Associação de Criadores desta raça.
“Atualmente a Canoas tem um rebanho constituído por 1.301 fêmeas da raça Gir em reprodução e faz uso de todas as tecnologias de reprodução atualmente existentes para a expansão do rebanho com animais de alto mérito genético. O rebanho total atual está em 2.100 cabeças em uma área de 749 hectares úteis, com taxa de lotação de 2,7 cabeças/ha e 2,14 UA/há”, conta Adilson.
O professor Adilson está acompanhando este projeto desde o início de 2014 com duas visitas por ano. O mais interessante nesta família é que todos residem na fazenda, o que é raro no Brasil, mas é o comum em países desenvolvidos (EUA, Canadá, Europa, Nova Zelândia, Austrália, etc). A visita teve como objetivo o planejamento da safra 2017/2018: planejamento dos plantios de novas pastagens e de sorgo para a produção de silagem, o programa de correção e adubação de solo para intensificação da produtividade de pastagens já implantadas, o programa de controle de plantas invasoras, o planejamento alimentar para a seca de 2018 e o programa de suplementação das categorias de recria.