Está chegando o grande momento de apresentar os touros mais eficientes do Teste de Desempenho e Eficiência Alimentar do Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens (TDEA-PNAT). Na última semana, os 199 animais participantes passaram por pesagem final e exame de ultrassonografia de carcaça, finalizando o período de teste efetivo de 56 dias.
Ao longo da avaliação foram realizadas três pesagens de referência, as etapas foram desenvolvidas para o cálculo da principal medida de eficiência utilizada no teste, que é o Consumo Alimentar Residual (CAR). “As pesagens realizadas no nosso curral de manejo servem para balizar os ajustes da dieta ao mesmo tempo em que temos a oportunidade de vistoriar minuciosamente cada indivíduo. Paralelamente, os pesos diários obtidos por meio das plataformas de pesagens voluntárias da Intergado®️ servirão de base para os cálculos do ganho médio diário, peso vivo metabólico e do CAR”, destaca a coordenadora do TDEA-PNAT, Juliana Jorge Paschoal.
De acordo com a professora responsável pela ultrassonografia do TDEA-PNAT, Danielle Leal Matarim, a partir da avaliação por ultrassonografia é possível obter dados sobre musculosidade e acabamento de carcaça. Uma das imagens é coletada no músculo Longissimus dorsi, o contrafilé, entre a 12ª e 13ª costelas, para avaliação da Área de Olho de Lombo (AOL) e da Espessura da Gordura Subcutânea (EGS). A AOL, dada em cm2, é indicativa de musculosidade e possui alta correlação com o rendimento de cortes de alto valor comercial.
Já a EGS, medida em milímetros neste mesmo músculo, representa a gordura de cobertura, aquela que protege a carcaça das baixas temperaturas da câmara fria no frigorífico, preservando a qualidade da carne. A Espessura de Gordura na Picanha/Garupa (EGP), medida entre os ossos íleo e ísquio, sobre a junção dos músculos Gluteus medius e Bíceps femoris, em conjunto com a EGS, são indicativas de precocidade, tanto produtiva (idade ao abate) quanto reprodutiva.
“A mensuração destas características no TDEA-PNAT é essencial para a identificação de touros mais precoces e com maior potencial para produção de carne. Essas informações, juntamente com as demais variáveis mensuradas, potencializam a identificação de animais produtivos e equilibrados”, afirma Danielle Matarim.