Projetos na Agropecuária Pontal e na Fazenda Santa Nice são conduzidos por professor da Fazu

O professor da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), Adilson de Paula Almeida Aguiar, esteve entre os dias 08 a 17 de fevereiro na Agropecuária Pontal e na Fazenda Santa Nice com objetivo de levar conhecimento técnico e econômico. Na Agropecuária Pontal são mais de 10 anos de atividades, já na Fazenda Santa Nice Adilson Aguiar acompanha desde 2011.

Agropecuária Pontal

O professor Adilson de Paula Almeida Aguiar esteve entre os dias 08 e 12 de fevereiro trabalhando na Agropecuária Pontal, na região Sul do Estado da Bahia. A agropecuária possui quatro fazendas nos municípios de Gongogi e Itapitanga: as fazendas Arco Verde, Independência, Pontal do Gongogi e Santa Rita.

O diagnóstico deste projeto foi inventariado e apresentado em julho de 2006 quando a área útil de pastagens era de 898 hectares e o rebanho 1.308 animais. O projeto cresceu muito nos últimos 10 anos e atualmente a área útil de pastagens somam 7.635 ha com rebanho de 10.280 animais em 2016 e projetado para 2017 em 12.454 animais.

Em 2006 o professor Adilson Aguiar convidou o ainda recém-graduado em Zootecnia pela Fazu (2004), Juliano Ricardo Resende, para acompanhar um grupo de 14 pecuaristas que possui fazendas no Estado da Bahia, entre os quais o proprietário da Agropecuária Pontal, o empresário do ramo de energia Jones Aranha de Sá.

Atualmente o Zootecnista Juliano Resende é especialista em Nutrição de Bovinos, professor nos cursos de graduação de Agronomia e de Zootecnia da Fazu, professor nos cursos de pós-graduação em Manejo da Pastagem e em Nutrição e Alimentação de Ruminantes e coordenador destes cursos na plataforma de Educação a Distância da faculdade. É também palestrante em vários eventos pelo país e no exterior, e um consultor muito requisitado, com projetos na Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, dentre outros estados.

Desde 2006 o professor Juliano Resende visita aqueles projetos na Bahia entre três a quatro vezes por ano e o professor Adilson Aguiar visita uma vez por ano ou uma vez a cada dois anos no fechamento de resultados e orçamento para o ano seguinte, como foi nesta visita à Agropecuária Pontal.

O professor Adilson Aguiar indicou em 2008 o recém graduado em Medicina Veterinária, o veterinário Eduardo Amaral para ser o gerente geral da Agropecuária Pontal, e ele continua à frente do projeto. Ele é egresso da Universidade de Uberaba (Uniube), instituição parceira da Fazu, onde o professor Adilson lecionou Forragicultura e Nutrição Animal entre 2001 e 2008. E dois anos atrás o professor Juliano Resende indicou o recém-graduado em Zootecnia pela Fazu, o Zootecnista Régis Vieira para ser o gerente de uma das fazendas da Agropecuária Pontal, a Fazenda Pontal do Gongogi.

Em 2016 a Agropecuária Pontal alcançou em suas pastagens uma produtividade média de 8 arrobas/hectare (2.45 vezes acima da média nacional) com um ganho individual de 6 arrobas (1.8 vez acima da média nacional), mas na Fazenda Pontal do Gongogi, a mais antiga da Agropecuária Pontal, que já vem sendo intensificada desde 2007 sob a orientação dos professores Adilson e Juliano, a produtividade em 2016 foi de 9.8 @/ha e 7.2 @/animal.

Fazenda Santa Nice

O professor Adilson Aguiar esteve entre os dias 15 e 17 de fevereiro no Paraná para fazer sua visita de rotina à Fazenda Santa Nice, que fica localizada no município de Amaporã, noroeste do estado. O professor acompanha este projeto desde 2011 com duas visitas anuais, no início das estações da seca e das chuvas.

Na primeira visita em 2011 o professor Adilson fez o inventário dos recursos, com o qual ele emitiu um diagnóstico da situação atual naquela época e do potencial do projeto. De lá para cá o professor vem orientando o programa de manejo de pastagens para seu estabelecimento, recuperação, intensificação tanto em pastagens não irrigadas como nas irrigadas, para o controle de plantas invasoras e insetos pragas, para integração lavoura/pecuária, além de auxiliar no programa de suplementação do rebanho. A orientação é técnica e econômica.

“A Fazenda Santa Nice possui uma das maiores áreas do estado do Paraná (7.502 hectares). Tem uma grande área arrendada para a indústria de cana-de-açúcar, são mais de 3.000 hectares arrendados, além de outra área de 600 hectares arrendados para o cultivo de mandioca com rotação com pastagens (esta área varia ano a ano em função dos preços da mandioca, os quais refletem nos valores pagos pelo arrendamento, e pela demanda de pastagens)”, conta Aguiar.

A área dedicada à pecuária, atividade mais tradicional da fazenda, somavam no dia da visita do professor Adilson 2.614 hectares onde a principal atividade é a seleção de animais da raça Nelore Puro de Origem (PO) com mais de 1.100 fêmeas desta raça em idade reprodutiva (programa iniciado em 1944) e mais 600 receptoras meio sangue Angus/Nelore.

Além do programa de melhoramento genético, a empresa também desenvolve a pecuária de corte nas fases de recria e engorda para a venda de animais para a produção de carne. “O rebanho nelore da Santa Nice é um dos mais tradicionais e conhecidos do país e tem apresentado índices muito acima da média nos programas de melhoramento genético do qual participa”, afirma Adilson.

Nos 2.614 hectares de pastagens, divididos em 70 módulos de pastoreio, são alimentados no pico de produção das pastagens quase 6.100 animais. Aproximadamente 30% (entre 25 e 35%) da área de pastagens é intensificada durante o período chuvoso com taxas de lotação de 4 unidades animais/hectare adotando a modalidade de pastejo de desponte, com touros jovens, e pastejo rapador, com animais em recria com produtividade entre 27 a 31 arrobas/ha/ano com ganho médio diário de 0.67 kg/dia com animais sendo suplementados apenas com suplementos múltiplos de baixo consumo (1 g/kg de peso corporal). Considerando a área total de pastagens a produtividade em 2016 ficou acima de 16 arrobas/ha/ano, cinco vezes acima da média nacional.

No período da seca os touros jovens permanecem nas pastagens intensivas e os animais do lote rapador vão para confinamento e ou pastagens irrigadas. São dois pivôs centrais somando 176 hectares. No período de setembro a fevereiro faz- se os cultivos de milho (nesta safra o milho foi colhido para a produção de “earlage” para alimentar os animais que irão para o confinamento com produtividade de 14 toneladas/ha) e soja, e no período de março a agosto os pivôs são explorados com pastagens. Na safra 2015:2016 a Santa Nice alcançou produtividade média de 71 sacas de soja/hectare. No dia 17/02 quando o professor Adilson retornou da Santa Nice estava sendo iniciada a colheita da soja da safra 2016/2017.

Todos as atividades e negócios da Fazenda Santa Nice são administrados pelos irmãos Antônio Grisi Neto e Marcelo Grisi.

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *