Em um avanço significativo para a agronomia, a Revista Nativa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) publicou um artigo inovador intitulado “Avaliação ‘in vitro’ do Aminofosfito de Cobre® em fungos fitopatogênicos”, resultado de uma pesquisa pioneira desenvolvida em 2019 na Estação de Pesquisa da Ubyfol, localizada na Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba). O trabalho foi parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) então estudante de Engenharia Agronômica da Fazu, Leonardo Maciel Terra, sob a orientação da professora Thaís Oliveira Ramalho Bean, com a colaboração de Ana Maria Marson Bonatti.
A pesquisa avaliou o potencial do Aminofosfito de Cobre® (um produto da Ubyfol) como um agente de controle contra fungos fitopatogênicos que afetam as plantas, sendo estes: Sclerotinia sclerotiorum, Exserohilum turcicum, Fusarium oxysporum e Stenocarpella maydis.
Os fosfitos, substâncias à base de fósforo presentes no Aminofosfito de Cobre®, são conhecidos por suas propriedades de indução do sistema de defesa das plantas ou por sua ação direta tóxica contra patógenos. A pesquisa de Leonardo Terra explorou estas características, avaliando a eficácia do produto em diversas concentrações contra os fungos em questão. A metodologia incluiu um delineamento inteiramente casualizado, com testes em duplicata, envolvendo cinco tratamentos e cinco repetições.
Os resultados foram promissores, revelando que a dose de 0,25 L ha-1 do Aminofosfito de Cobre® foi eficaz na redução significativa do Índice de Velocidade de Crescimento Micelial (IVCM) para os fungos S. sclerotiorum e S. maydis, além de demonstrar um Percentual de Inibição de Crescimento (PIC) micelial considerável. Para os fungos E. turcicum e F. oxysporum, foi observada uma redução significativa no IVCM apenas na concentração de 1,0 L ha-1.
Este estudo marca o primeiro uso documentado do Aminofosfito de Cobre® no controle in vitro desses específicos fungos fitopatogênicos, sugerindo que sua aplicação pode ser uma estratégia eficaz no manejo integrado de doenças em plantas. Os resultados sublinham a potencialidade de incorporar esse produto no arsenal de controle de doenças vegetais, visando aprimorar tanto a eficiência quanto a eficácia do manejo agrícola. O sucesso dessa pesquisa ressalta a importância da colaboração entre instituições de ensino e empresas na busca por soluções inovadoras para os desafios da agricultura moderna.