Nesta fase o projeto avalia cultivares de mandioca destinada a indústria e alimentação animal
A Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba) recebe nesta semana, de 19 a 21 de novembro, pesquisadores da Embrapa Cerrados para mais uma etapa de avaliação de clones de mandioca destinados à região do Triângulo Mineiro. Os materiais avaliados terão como destino a indústria de farinha, fécula e alimentação animal. Nas etapas anteriores foram avaliadas cultivares para mesa, onde os materiais que se destacaram em rendimento e qualidade, como as cultivares BRS397 e BRS399, foram cedidas para produtores rurais em Uberaba e mais cinco municípios da região: Campo Florido, Fronteira, Delta, Sacramento e Veríssimo.
O trabalho de extensão conta com a colaboração da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater/MG) e Secretaria Municipal do Agronegócio (Sagri), responsáveis pela seleção dos produtores, orientação técnica e acompanhamento das culturas nas propriedades.
Mesmo sendo comum a preferência por uma ou outra cultivar por parte do produtor, o professor da Fazu, Ricardo Moreira de Mendonça, um dos organizadores deste trabalho, orienta que não se deve explorar apenas um material genético. “A diversidade é importante. Permite escalonar a época de colheita e principalmente se precaver quanto aos problemas sanitários, pois a variabilidade genética diminui os riscos das perdas provocadas por doenças e pragas”, afirma.
Em Uberaba, o horticultor Juliano Severino teve sua produção acompanhada pelo agrônomo da Sagri, Fábio Teixeira Lucas. Nessa propriedade ficou claro que, apesar de ser uma cultura rústica, a mandioca responde bem aos tratos culturais, aumentando muito a produtividade.
Durante o mês de novembro essas propriedades foram visitadas para colheita e avaliação da produção, além da distribuição das manivas selecionadas para outros produtores. No município de Fronteira (MG), o técnico da Emater Oeder Pedro Ferreira promoveu um encontro entre produtores de mandioca e distribuiu o material de plantio para aqueles que se comprometeram a participar do programa. “O padrão das raízes foi uma coisa que chamou a atenção. A mandioca que plantamos tem as raízes grossas no pé e a ponta fina. Já as cultivares BRS são mais uniformes e as raízes mais superficiais, favorecendo a colheita”, comenta Oeder.