Fazu recebe animais participantes do PNAT 2017 para teste de Eficiência Alimentar

A Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba) começou a receber animais das raças Nelore e Nelore Mocha participantes do Programa Nacional de Touros Jovens (PNAT) para teste de Eficiência Alimentar, procedimento novo na edição de 2017. A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), responsável pelo PNAT, decidiu incluir mais uma etapa de avaliação no Programa para atender uma exigência do mercado, que procura animais cada vez mais eficientes. A Fazu deve receber até quinta-feira (27/04), 93 animais que terão o consumo alimentar mensurado por meio de equipamentos eletrônicos.
 
Responsável pela etapa do teste de Eficiência Alimentar, a coordenadora do curso de Zootecnia da Fazu Juliana Jorge Paschoal, conta quais os principais procedimentos adotados. “Na Fazu o teste de Eficiência Alimentar é realizado de acordo com as normas contidas no Manual de Procedimentos de Mensuração de Consumo Individual de Alimento em Bovinos de Corte. Nesta prova os animais são avaliados principalmente para consumo alimentar e peso, além de outras características obtidas ao final do teste. Com os registros individuais, são então calculadas as características: consumo alimentar residual (CAR), eficiência alimentar (EA) e ganho médio diário (GMD). O Consumo Alimentar Residual é calculado como a diferença entre o consumo real e a quantidade de alimento que um animal deveria comer baseado no seu peso vivo médio durante a prova e na sua velocidade de ganho de peso. Assim sendo, animais mais eficientes têm um CAR negativo (consumo observado menor do que o predito para o ganho observado) e os menos eficientes têm um CAR positivo (consumo observado maior do que o predito)”, explica. 
 
Juliana informa que a prova tem a duração de 112 dias sendo 42 dias de adaptação e 70 dias de prova efetiva. Os animais serão agrupados em quatro classes de idade: de 18 a 21 meses; >21 a 24 meses; > 24 a 27 meses e > 27 a 30 meses, tendo como referência a data base de 15 de agosto de 2017. A dieta será fornecida à vontade durante todo o período do teste, três vezes ao dia, com relação volumoso/concentrado na proporção de 40/60 e formulada para ganho de até 1,3 Kg/dia. 
 
Somente são conduzidos para etapa seguinte os animais que se classificarem como superiores à média obtida dentro de sua classe no teste de eficiência alimentar, e apresentarem padrão inquestionável para congelamento e industrialização de sêmen. Outras variáveis fenotípicas são mensuradas como o perímetro escrotal e características de carcaça obtidas por meio de ultrassonografia. 
 
“Receber essa nova etapa do PNAT é mais uma confirmação da capacidade técnico-acadêmica e de estrutura física da Fazu. São inúmeros beneficiados, os alunos que terão contato com ótimos animais, os pecuaristas, além de contribuirmos com dados para o melhoramento genético da pecuária nacional. A Fazu possui grande experiência em avaliação de animais em Teste de Eficiência. É importante ter animais avaliados por nós, pois pensamos sempre no animal melhorado, focando cada vez mais uma pecuária sustentável”, destaca o diretor acadêmico da Fazu, Carlos Henrique Cavallari Machado. 
 
Sobre o PNAT
O Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens seleciona reprodutores zebuínos registrados com idades entre 18 e 30 meses onde os animais precisam ter o iABCZ máximo 5% para a raça Nelore e 10% para as raças Brahman, Gir, Guzerá, Indubrasil, Sindi e Tabapuã. Como diferencial, conta com um processo de seleção democrático com a participação de criadores, técnicos e centrais de inseminação. Os animais têm doses de sêmen distribuídas gratuitamente a propriedades cadastradas na ABCZ, promovendo a democratização do melhoramento genético.
 
Ao todo, 480 touros já participaram das sete edições do PNAT, 74 congelaram e tiveram suas doses distribuídas. Em 2016, 23 foram selecionados e estão em coleta em centrais parceiras, sendo que já estão sendo entregue doses aos rebanhos colaboradores e a expectativa da comissão organizadora do PNAT é de crescimento pelo menos de 20% em rebanhos colaboradores e número de doses distribuídas.
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