Fazu pesquisa o potencial do microrganismo Bacillus spp. em promover o crescimento da soja e do milho

A Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), por meio da empresa Evotec Biotecnologia e Fisiologia Vegetal, avalia a eficiência do uso de um produto comercial formulado com Bacillus amyloliquefaciens, Bacillus licheniformis, Bacillus subtilis, Bacillus pumilus e Bacillus megaterium e a sua influência nos parâmetros agronômicos da soja e milho. A pesquisa é realiza na Fazenda Escola da Fazu e é conduzida pela professora Dra. Kamila Cabral Mielke e pelo acadêmico do Curso de Engenharia Agronômica Douglas Antônio Cordeiro Lima.

O Bacillus subtilis é uma bactéria gram positiva aeróbia facultativa em formato de bastonete, comumente encontrado no solo em associação com as raízes das plantas. Em laboratório, ela é rotineiramente reconhecida através das suas colônias, que assumem colorações que variam de esbranquiçado ao preto, dependendo do meio de cultura que se encontram.

O gênero Bacillus, ao qual Bacillus subtilis pertence, é um grupo de bactérias conhecidas como rizobactérias promotoras de crescimento de plantas (PGPR). Como o próprio nome indica, esses microrganismos possuem diversos mecanismos que favorecem o desenvolvimento das plantas.

A soja e o milho estão entre as principais culturas plantadas no Brasil, sendo utilizada para diferentes segmentos na indústria, como a proteína para a criação animal, produção de óleo vegetal ou até mesmo na produção de biocombustíveis. Com o aumento da população mundial é preciso novas alternativas para sanar esses problemas e o uso de microrganismos, como do gênero Bacillus spp. têm se mostrado importantes ferramentas no manejo da soja e do milho e contribuído para a mitigação dos efeitos bióticos e abióticos.

De acordo com a professora Kamila, todos os parâmetros produtivos serão avaliados para determinação dos aspectos positivos proporcionado pela adição dos microrganismos. “As hipóteses desse estudo são que a utilização de uma dose mediana do composto já é suficiente para trazer resultados positivos para a cultura da soja e do milho. Acredita-se que culturas diferentes terão respostas distintas quanto a aplicação do produto biológico. Existe a possibilidade de haver incremente para o milho que será cultivado em sucessão a soja”, afirma.