Fazu desenvolve práticas e pesquisas em setor de Pastagens

No Brasil cerca de 95% da carne bovina é produzida em regime de pastagens, cuja área total é de cerca de 167 milhões de hectares

A Fazenda Escola da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), com cerca de 200 hectares, conta com o setor de Pastagens e Plantas Forrageiras, aonde alunos, professores e parceiros realizam projetos na área de produção animal a pasto. O setor é composto pelas unidades: campo agrostológico, módulos de pastoreio de lotação rotacionada dos capins Mombaça e Tanzânia, módulos de pastoreio de lotação alternada e rotacionada dos capins Braquiarão, Decumbens, Ruziziensis e Convert HD 364. O setor é coordenado pelo professor Dr. Rayner Sversut Barbieri.

Segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), na alimentação do rebanho bovino grandes avanços ocorreram a partir do melhoramento das pastagens existentes. A adoção de capins selecionados e desenvolvidos por meio da pesquisa científica no Centro-Oeste brasileiro, por exemplo, alavancou a capacidade de suporte e também o desempenho animal.

As cultivares liberadas, principalmente pela Embrapa, na sua maioria selecionados a partir da variabilidade natural, espelham o sucesso do método utilizado e hoje respondem por mais de 70% do mercado de sementes forrageiras. Na Região Sul, a Embrapa também se destaca pela conservação das pastagens naturais e pelo desenvolvimento de cultivares de pastagens de inverno e de verão, adaptadas aos ambientes e sistemas de produção onde

No campo agrostológico do setor de Pastagens da Fazu, os acadêmicos podem aprender a identificar e a diferenciar as espécies forrageiras que são cultivadas em pastagens pelos pecuaristas no Brasil e em outros países de clima tropical, estudando seus nomes científicos e comuns, suas origens, suas características botânicas e agronômicas.

Já nas unidades de pastoreio os alunos podem aprender a manejar cercas elétricas, o pastejo, a corrigir e adubar o solo, a controlar plantas invasoras e insetos pragas, a manejar os animais. Além das aulas práticas regulares, o acadêmico pode ingressar no programa de monitoria voluntária e, através de aprovação em concurso oficial da Fazu, ser aprovado no programa de monitoria remunerada. No programa de monitoria, os acadêmicos ajudam na condução das atividades dos setores citados, sendo na pesagem dos animais, protocolos de manejo sanitário dos animais, manejo do pastejo, correção e adubação do solo.

Prova de Pré-seleção Gir Leiteiro

Anualmente, o setor de Pastagens da Fazu, especificamente nos módulos de pastoreio de lotação rotacionada dos capins Mombaça e Tanzânia, recebe touros da raça Gir Leiteiro para Prova de Pré-seleção de Touros para o Teste de Progênie. Realizado há mais de 10 anos na Fazu, a pré-seleção avalia as características fenotípicas e de fertilidades dos touros inscritos. A pré-seleção é promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) e Embrapa Gado de Leite. Os animais são candidatos ao Teste de Progênie.

O pré-teste visa potencializar ganhos genéticos positivos como precocidade e temperamento, além de reduzir as probabilidades de erros de seleção decorrentes de características hereditárias e pouco desejadas aos rebanhos, como a subfertilidade e detalhes fenotípicos indesejáveis.

Aluno boliviano realiza pesquisa no setor de Pastagens. Crédito – Divulgação Fazu.

Animais da raça Gir Leiteiro em experimento na Fazu. Crédito – Divulgação Fazu.

Exemplar da raça Gir Leiteiro pastoreando no setor de Pastagens. Crédito – Divulgação Fazu.

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