O ex-aluno de pós-graduação da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), o doutor Silas Gomes, publicou um artigo na Revista Brasileira de Biologia nesta semana. O estudo “Produtividade do milho em sistema consorciado com amendoim sob adubação nitrogenada” havia sido tema, anteriormente, da dissertação da pós em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas na Fazu. O trabalho contou ainda com a colaboração do professor da Fazu Rayner Barbieri e dos pesquisadores Geocleber de Sousa, Francisco Costa, Henderson Sousa, Maria de Souza, Geovana Goes, Alisson da Silva, Paulo Cambissa, Bubacar Balde e José Manoel Lima.

O experimento foi conduzido de fevereiro a maio de 2021, em uma área da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), em Redenção, Ceará. Foi avaliado o impacto da substituição total, parcial ou complementar da fertilização nitrogenada no cultivo de milho consorciado com amendoim.

“O Silas fez pós-graduação na Fazu e o estudo foi realizado no Ceará, envolvendo também pesquisadores de lá. Na pós-graduação, eu era coordenador do curso de Manejo de Pastagem. Como sou da área de pastagens, fui orientador dele. A dissertação da pós-graduação do Silas foi o tema do artigo. Trabalhamos juntos, ele à frente em campo e eu como orientador prático e acadêmico. Foi assim que nos conhecemos e alinhamos o trabalho”, explica o professor Rayner, doutor em Agronomia.

Silas também é professor universitário, sendo docente da UNILAB. O profissional explica que, juntamente com o professor Geocleber, já atuava especificamente com a produção sustentável, tanto de grãos quanto de volumoso, visando o uso racional de adubos químicos. “A Fazu foi fundamental na pesquisa porque me deu o conhecimento que eu precisava nessa área agrícola, pois não sou agrônomo. Sou veterinário, com doutorado em Zootecnia, e atuo com Zootecnia na área de Nutrição e Alimentação Animal. Porém, ainda tinha um conhecimento básico na área de Agronomia e sentia essa necessidade de me aprofundar. Com o curso da Fazu, adquiri o conhecimento que me possibilitou a realização do trabalho”, contou.

O experimento foi realizado em blocos ao acaso com cinco tratamentos: MP0 (milho consorciado com amendoim sem adubação nitrogenada), MP50 (milho consorciado com amendoim com 50% da dose recomendada de nitrogênio), MP100 (milho consorciado com amendoim com 100% da dose recomendada de nitrogênio), MN50 (milho em monocultura com 50% da dose recomendada de nitrogênio) e MN100 (milho em monocultura com 100% da dose recomendada de nitrogênio), cada um com quatro repetições.

Após o experimento, os resultados indicam que o consórcio de milho com amendoim melhorou a eficiência da adubação nitrogenada e o uso da terra. No entanto, a substituição completa da adubação nitrogenada no sistema consorciado milho-amendoim não é recomendada, devido aos menores índices de crescimento e produtividade coletados. Por fim, o sistema de consórcio beneficia a produtividade do milho, e a contribuição do amendoim para a eficiência do uso da terra e de nutrientes corrobora o uso contínuo da fertilização nitrogenada para otimizar a produtividade de ambas as culturas.