O setor de Pastagens e Plantas Forrageiras da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba) é composto pelas unidades: campo agrostológico, módulos de pastoreio de lotação rotacionada dos capins Mombaça e Tanzânia, módulos de pastoreio de lotação alternada e rotacionada dos capins Braquiarão, Decumbens, Ruziziensis e Convert HD 364. O nome do professor Adilson de Paula Almeida Aguiar é estreitamente ligado ao setor de Pastagens, completando 25 anos como docente responsável pelo setor.
De acordo com o professor Adilson, em 1986, a unidade do campo agrostológico já existia quando ele ingressou na Fazu como aluno. Na época, o professor Gilmar Ferreira Prado era responsável pelo o setor. “Em 1988, ainda aluno, eu assumi a monitoria das disciplinas Forragicultura 1 e 2, e em 1989 eu, sozinho, transferi os canteiros com as espécies forrageiras do antigo campus da Fazu, para o atual, transferi 33 variedades forrageiras”, relembra o professor Adilson.
O professor Adilson Aguiar é responsável pelo setor desde agosto de 1991, data que ingressou no corpo docente da Fazu, após a sua graduação. Sob a orientação e coordenação do professor Adilson, aconteceram algumas melhorias no setor de Pastagens. “Em 1997, foi implantado a unidade dos módulos de pastoreio de lotação rotacionada dos capins Mombaça e Tanzânia. Em 2001, a unidade do módulo de pastoreio do capim Braquiarão, e em 2012 os dos capins Decumbens, Ruziziensis e Convert HD 364”, conta o professor.
No campo agrostológico do setor de Pastagens da Fazu, os acadêmicos podem aprender a identificar e a diferenciar as espécies forrageiras que são cultivadas em pastagens pelos pecuaristas no Brasil e em outros países de clima tropical, estudando seus nomes científicos e comuns, suas origens, suas características botânicas e agronômicas.
De acordo com o professor Adilson, nas unidades de pastoreio os alunos podem aprender a manejar cercas elétricas, o pastejo, a corrigir e adubar o solo, a controlar plantas invasoras e insetos pragas, a manejar os animais. “Além das aulas práticas regulares, o acadêmico pode ingressar no programa de monitoria voluntária, e também, através de aprovação em concurso oficial da Fazu, ser aprovado no programa de monitoria remunerada. No programa de monitoria, os acadêmicos ajudam na condução das atividades dos setores citados, sendo na pesagem dos animais, protocolos de manejo sanitário dos animais, manejo do pastejo, correção e adubação do solo”, continua.
Na Fazu, o acadêmico pode conduzir experimentos para defender seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). “Nestes 25 anos que eu coordeno o setor, mais de 50 trabalhos foram conduzidos e seus resultados apresentados nas defesas de conclusão de curso, nas reuniões anuais da Sociedade Brasileira de Zootecnia, no Congresso Internacional de Zootecnia, no Congresso Internacional das Raças Zebuínas”, ressalta o professor.
Para a comunidade “extra-murus” o setor já serviu para a realização de oito dias de campo sob a coordenação do professor Adilson. “O setor também tem servido para receber visitantes do Brasil e de outros países, como a África, EUA, Nova Zelândia e países da América Latina. Professores de forragicultura de escolas agrotécnicas, de faculdades e universidades públicas e privadas, têm trazido seus alunos para ministrarem aulas práticas no setor. Os alunos dos cursos de Pós-graduação que eu coordeno também têm aulas práticas no setor”, afirma Adilson Aguiar.
Monitoria no setor de Pastagens
Nas Pastagens e Plantas Forrageiras, existe um monitor responsável por todos os setores. O acadêmico do curso de Zootecnia, João Victor Pinto Coelho é responsável por fazer a “ponte” entre o professor Adilson, a coordenação do curso, a direção da Fazu e a Fundagri (Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias). “O João Victor também orienta e oferece todo o suporte para os monitores voluntários em suas atividades. O monitor remunerado dedica 12 horas semanais ao programa de monitoria. Semanalmente, eu me reúno com os monitores, em uma semana visitamos os projetos, na outra fazemos reunião em sala de aula para programar as atividades, avaliar os resultados dos experimentos, ministrar treinamentos para eles”, explica o professor Adilson.
Projetos e Parcerias
No cunho de pesquisa, cinco projetos são desenvolvidos no setor. No curso de Pós-graduação, o egresso da Zootecnia Fazu e aluno do curso de Pós em Nutrição e Alimentação de Ruminantes, Tiago Oliveira, desenvolve pesquisa intitulada de “Qualidade de forragem de Panicum maximum cultivares Mombaça e Tanzânia”.
Na Graduação são quatro alunos com experimentos em andamento no setor. O monitor remunerado e acadêmico de Zootecnia, João Victor Pinto Coelho, desenvolve pesquisa sobre os “Parâmetros técnicos e econômicos da produção de pastagem da B. hibrida cv Convert HD364 comparada com seus progenitores”.
A pesquisa “Efeitos das soluções Stoller sobre parâmetros produtivos de uma pastagem de B. brizantha cv Marandu”, é desenvolvida pelos alunos da Zootecnia, Nayara e Gabriel. Já o projeto “Efeitos do grau de sangue de novilhos nelorados e cruzados sobre parâmetros produtivos e econômicos de pastagem de B. brizantha cv Marandu submetida aos métodos de pastoreio de lotação alternada e rotacionada”, é acompanhado pelo acadêmico da Zootecnia, Rodrigo Fillardo.
Atualmente, a Fazu mantem parceria com a Dow AgroScienses, com a Renovagro e com a Stoller. A Fazu já teve parceiras coma a Phibro, com a Tortuga, com a Fertigran, com a Heringer, entre outras. Nestes 25 anos que estou à frente do setor eu vivenciei altos e baixos, tanto nas condições de trabalho, como também com os alunos interessados e comprometidos com os projetos. Passei por fases de intensa atividade, com todos os recursos disponíveis, grupos de monitores de alto nível de comprometimento, alternadas por fases de quase inércia no setor por falta destes recursos.