Professor da Fazu orienta projetos de produção de leite e de carne bovina nos estados de Minas Gerais e Goiás

Referência em produção animal a pasto, o professor da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), Adilson de Paula Almeida Aguiar, leva conhecimento a produtores rurais de todos país e do exterior há quase 30 anos. Nos dias 30 de outubro a 02 de novembro o professor Adilson Aguiar e seu colega o zootecnista Lucas Castro Silva, da Lancer Consultoria, trabalharam nos estados de Minas Gerais e Goiás em quatro propriedades, uma de produção de leite e três de produção de carne bovina.

Fazenda Santa Vitória | Família Soave

No dia 30 de outubro o professor Adilson Aguiar trabalhou, pela terceira vez em 2019, no projeto de produção de leite da Família Soave. O trabalho foi conduzido desta vez apenas na Fazenda Santa Vitória, localizada no município de Uberlândia. Nesta etapa o professor não trabalhou na Fazenda Três Meninas, localizada no município de Monte Alegre de Minas. O professor Adilson acompanha este projeto desde 2012 e é responsável pela orientação geral desde o seu início, mesmo antes da compra da propriedade. “Neste projeto a raça selecionada para a produção de leite é a raça Jersey com a finalidade de produzir leite com altos teores de sólidos por vaca e por hectare. O sistema adotado é o de produção de leite em pastagens intensivas sem irrigar (para as fases de recria e vacas secas) e irrigadas por pivô central (para vacas em lactação e vacas secas) suplementando o rebanho apenas com suplementos concentrados”, comenta Aguiar.

Em 2018 os indicadores médios foram os seguintes: 4.32% de gordura, 3,66% de proteína, 13.5% de sólidos totais, 206 mil de CCS, 5,9 mil de CBT e NUL de 13 mg/dL, 6.362 e 6.230 litros de leite, produzidos e vendidos diariamente, respectivamente; 12,2 litros de leite produzidos/vaca/dia, vacas pesando em média 364 kg de peso corporal; produtividade de leite por funcionário de 1.888 litros de leite/dia e modelo de gestão (Planner do MDA Gestão de Explorações Leiteiras, da Clínica do Leite da ESALQ/USP, de Piracicaba).

No dia 30 de outubro de 2019 a produção diária estava em 9.131 litros de leite com produtividade média por vaca de 13 litros/dia, vacas pesando em média 368 kg e consumindo em média 4 kg/dia de concentrado. Apesar de ser um projeto relativamente recente, pois a primeira ordenha foi feita no dia 17 de novembro de 2015, a produção de leite diária foi de 676 litros. O crescimento neste indicador em 3 anos foi de 9,4 vezes ou 940%, considerando 2018.

O professor Adilson e seus parceiros orientaram a compra das propriedades, a implantação das instalações, benfeitorias e edificações, a escolha do sistema de produção, a raça e as espécies forrageiras. Além da atividade leiteira, os Soave investem nas atividades de produção de carnes de frango e suíno em sistema de integração, as quais estão também integradas com o sistema de produção de leite que usa o dejeto líquido de suínos e o esterco de aves.

Fazenda São Joaquim

No dia 31 de outubro o trabalho foi realizado em uma propriedade no município de Jandaia, na Fazenda São Joaquim, propriedade de Ademar Pereira Leal Filho, também proprietário da empresa Campo Rações e Minerais e atualmente presidente da ASBRAM (Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais). Esta propriedade possui uma área útil de 231.7 hectares, todos explorados com pastagens manejadas intensivamente. A atividade exclusiva é a pecuária de corte nas fases de recria/engorda de machos e fêmeas. A gestão da atividade pecuária é feita pelo proprietário, Ademar Filho.

Durante esta etapa de trabalho, além do proprietário e de sua equipe, muita enxuta, composta por apenas três funcionários, o professor Adilson e seu colega Lucas Castro, estavam presentes os amigos do proprietário, Alaor Procópio e Ricardo Heise, que também são clientes do professor Adilson, e alguns integrantes da equipe da Campo Rações.

“No dia deste trabalho o rebanho da fazenda somava 904 cabeças, pastejando em 231.7 ha de área útil, com taxas de lotação de 4.0 cabeças/ha e 2.24 UA/ha, mas foi planejado pelo prof. Adilson e a equipe da fazenda um rebanho de 1.004 cabeças para a safra 2019/2020, com taxa de lotação de 4.33 cabeças/ha, iniciando o período chuvoso com 2.5 UA/ha e terminando no final de maio com 3.9 UA/há. Nas safras 2016/2017 e 2017/2018 a produtividade da terra desta propriedade foi acima de 45 arrobas/há”, afirma o professor Adilson.

Fazenda Panorâmica do Turvo

No dia 01 de novembro de 2019, o professor Adilson Aguiar trabalhou em uma propriedade no município de Indiara, estado de Goiás, a Fazenda Panorâmica do Turvo, propriedade de Alaor Ávila Filho. Esta propriedade pode ser considerada uma referência em integração de atividades e uso intensivo da terra.

“São 824 hectares úteis, dos quais na safra 2018:2019 foram cultivados 44 ha de canavial para usina; 252 ha cultivados com soja sob sequeiro e 249 ha irrigados por pivô central, para a produção de soja grão. Nos pivôs é feita a integração de dois cultivos anualmente: soja seguida por tomate, seguido por pastagem de inverno para a produção de palhada”, destaca Adilson.

Na safra 2017/2018 a produtividade de soja sob irrigação foi de 88 sacas/ha, e sob sequeiro foi de 72 sacas/há. Na safra 2018/2019, em função da longa estiagem do mês de janeiro houve queda na produtividade de soja em relação à safra anterior: sob irrigação foram produzidas 77 sacas/ha, e sob sequeiro foram 61 sacas/ha. A área restante é ocupada por pastagens perenes somando 183 ha e outras áreas (estradas, corredores, ocupadas com benfeitorias, e edificações). Na safra 2017/2018, em 317 dias a produtividade da terra de pastagens foi de 22 arrobas/ha.

Em apenas 153 dias da safra 2018/2019 (de 14/11/2018 a 17/04/2019) foram produzidas 22 @/ha, com um rebanho médio de 1.431 cabeças em 182 ha, com taxas de lotação de 7.86 cabeças/ha e 3.82 UA/ha. Até o dia deste último trabalho do prof. Adilson no projeto os resultados da safra 2018/2019 ainda não estavam fechados.

A gestão da propriedade é feita pelo proprietário e por um sócio/parceiro Ricardo Heise, que faz todos os controles de dados, informações e cálculo dos indicadores técnicos e econômicos. O professor Adilson está trabalhando neste projeto desde 2016 orientando o manejo da pastagem (escolha de plantas forrageiras, estabelecimento de pastagens perenes e de inverno, implantação de benfeitorias e edificações, manejo do pastejo, controle de plantas infestantes e pragas, manejo de fertilidade de solo, planejamento alimentar.

Fazenda Frei Galvão | Galvão Agropecuária

Nos dias 01 e 02 de novembro de 2019 o professor Adilson Aguiar trabalhou pela quarta vez, em 2019, no projeto da Fazenda Frei Galvão de propriedade da Galvão Agropecuária, de Luiz Régis Galvão Filho. A fazenda está localizada no estado do Goiás, no município de Caldas Novas. O professor Adilson iniciou o trabalho neste projeto em junho de 2011 quando fez o inventário dos recursos da propriedade: clima, solos, pastagens, rebanho, benfeitorias e edificações, máquinas, implementos, veículos, capital, os objetivos e as metas do proprietário.

Posteriormente, o professor Adilson indicou o colega Mateus Contatto para fazer o acompanhamento da execução do projeto por meio de visitas de rotinas desde 2012, enquanto o professor Adilson fazia visitas esporádicas. O colega Mateus é egresso do curso de Zootecnia da Fazu graduado em 2009, especialista em Gestão do Agronegócio, professor nos cursos de pós-graduação da Fazu de Manejo da Pastagem e Nutrição e Alimentação e consultor da Contatto Consultoria.

A partir de janeiro de 2018 o professor Adilson voltou a assumir o trabalho de visitas de rotina. No dia 02 de novembro o rebanho estava composto por 1.658 cabeças nas fases de cria, recria e engorda (atividade de ciclo completo), e destas 1.155 cabeças são de fêmeas em idade reprodutiva. Na fazenda estavam pastejando em 368 hectares, 739 cabeças, com taxa de lotação de 2,01 cabeças/ha e 1.2 UA/ha, mais 919 animais estavam confinados e o restante estava em pastagens arrendadas em áreas vizinhas que retornarão para a fazenda no período chuvoso.

“Para o período chuvoso 2019/2020 (de novembro a maio) a taxa de lotação média nas pastagens será de 4.3 cabeças/ha correspondendo a 3.21 UA/ha. A meta é alcançar um rebanho de 2.000 cabeças média ano. Para alcançar esta meta a propriedade foi toda modulada em 87 piquetes com área média de 4 hectares cada um; o programa de correção e adubação do solo para a intensificação teve início na safra 2018/2019; um confinamento para 2.400 animais estáticos foi construído e 86 hectares serão cultivados para a produção de silagem de capim-mombaça. O principal objetivo do proprietário é conduzir um projeto para produção de carnes especiais de animais cruzados Angus/Nelore”, finaliza Aguiar.

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