Com o objetivo de avaliar o controle da verminose em ovinos, a acadêmica do 7º período de Zootecnia da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), Tainá Marques de Morais, utiliza a folha de bananeira na alimentação dos animais. O projeto se justifica pelo crescimento do número dos criadores de pequenos ruminantes e também pela crescente preocupação com a quantidade de resíduos químicos presentes nos produtos de origem animal. A aluna é orientada pela professora PhD. Fabiana Garcia Christovão.
O projeto foi submetido ao Programa de Iniciação Científica (PIC) da Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias (Fundagri) e pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG). A pesquisa teve início no dia 26 de maio de 2016 e será finalizada no dia 2 de dezembro de 2016.
Segundo Tainá, a folha de bananeira teve resultado positivo à verminose, pois a folha de bananeira serve como anti-helmíntico – combate os vermes gastrointestinais – além de ser fonte de energia, pois os animais não perderam peso, mas sim ganharam.
A escolha pelo tema se deu após uma pesquisa no Porteira Adentro de 2015 – projeto interdisciplinar –, sobre o controle de endo e ecto parasitas em animais de interesse zootécnico. “Ao realizar pesquisas sobre o tema encontrei artigos científicos mostrando trabalhos com a folha de bananeira já realizados em outros estados, foi aí que surgiu o interesse. A Ovinocultura tende a crescer muito no país e o controle com folha de bananeira é uma forma que não agride o meio ambiente e não coloca o animal em risco, podendo ser abatido quando necessário, sem se preocupar com tempo de carência para o abate que vermífugos químicos trazem”, explica a aluna.
Tainá explica que a fitoterapia – ciência que estuda as plantas medicinais e o uso das mesmas no tratamento de doenças – é uma alternativa em substituição à alopatia – método de tratamento convencional –, por isso buscou-se analisar os efeitos endoparasitários da folha de bananeira em ovinos.
“Nós estamos utilizando 12 animais das raças, Santa Inês e Meio-Sangue Santa Inês com Dorper. No início do experimento foi administrado levamisol, vermífugo de amplo espectro, para que os animais não apresentassem ovos de vermes nas fezes”, explica a aluna.
Os animais foram separados em dois grupos experimentais e submetidos aos tratamentos durante três dias consecutivos da semana, apenas no período noturno, ao longo de 60 dias. Para os animais do grupo controle (T1) foram oferecidos volumoso, 05% peso vivo, já os animais do grupo T2, folha de bananeira, 05% peso vivo. “Foi realizado, quinzenalmente, a pesagem e os exames parasitológicos, sendo a Contagem de Ovos por Gramas de Fezes (O.P.G) e a análise pelo método Famacha que identifica a possibilidade de verminose por meio da visualização da coloração da mucosa ocular dos ovinos. Os animais, durante o dia, permaneceram, no mesmo piquete, o Tifton 85, e somente são recolhidos para as baias no período noturno.
Sobre Tainá Marques
Tainá Marques de Morais tem 21 anos e é de Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte/MG. Tainá é aluna do 7° período do curso de Zootecnia e afirma que o fato da Fazu estar localizada dentro da fazenda foi um grande diferencial. “Na Fazu, podemos realizar aulas práticas sem ir longe, desenvolver diariamente os projetos nos setores da Fazenda Escola, além de possuirmos ótimos professores. Comecei o curso em outra instituição e transferi para a Fazu, pois aqui temos oportunidade de aprendermos na prática o que vemos na teoria”, ressalta Tainá.