Na terça-feira (07), acadêmicos do 1º período do Curso de Zootecnia conheceram o universo das abelhas sem ferrão. A aula prática aconteceu na disciplina de Apicultura, sob orientação da professora Renata Trevisan. A apicultura é uma atividade que requer baixo custo em investimentos, seja na implantação, na aquisição de materiais e no aspecto nutricional das abelhas.
Jataí, Mandaçaia, Uruçu, Guaraipo, Manduri, Bugia, Mirim e centenas de outras espécies fazem parte do fascinante mundo das abelhas sem ferrão, que nativas do Brasil e também conhecidas como abelhas indígenas. Essas pequenas trabalhadoras são gigantes na tarefa de manter a biodiversidade dos biomas brasileiros. Muitas espécies vegetais são totalmente dependentes delas para que possam se reproduzir. Ao passar de flor em flor, essas abelhinhas carregam o pólen e fazem a fecundação, gerando assim a produção da semente e o surgimento de uma nova planta. Em torno de 90% das espécies da Mata Atlântica dependem das abelhas em ferrão para se reproduzirem.
Diferentemente do que indica o nome, essas abelhas possuem ferrão, porém é atrofiado e, assim, elas são incapazes de ferroar. Não são necessários equipamentos de proteção e nem fumaça para o manejo. Por isso, elas podem ser criadas próximas de residências, inclusive em áreas urbanas
A criação racional de abelhas sem ferrão é uma alternativa de geração de renda em muitas propriedades. Por serem dóceis e de fácil manejo, cada vez mais novos produtores despertam o interesse em trabalhar com essas abelhas. Os motivos são muitos e vão desde a produção de mel, delicioso e muito utilizado para fins terapêuticos, produção própolis, geoprópolis, pólen e cera, multiplicação e venda de colônias até para fins de educação ambiental ou, simplesmente, passatempo.