Com o objetivo de observar e identificar as estruturas morfológicas e fisiológicas de peixes ósseos, alunos da disciplina de Aquicultura do curso de Zootecnia da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba) participaram de aula prática, sob supervisão da professora Renata Barbieri Trevisan. As aulas aconteceram no início do mês de março, no NEEA e no Laboratório de Anatomia Animal, com as turmas do diurno e noturno.
De acordo com a professora Renata, na aula foi possível observar a anatomia externa com funções importantes para os peixes como opérculo, linha lateral, nadadeiras, tipos de escamas, entre outras, além de analisar os órgãos internos como sistema respiratório, circulatório e comparar o sistema digestivo de tucunaré (peixe carnívoro) e tilápia (peixe fitoplantófaga com tendência a onívora) e matrinxã (onívora).
“Faço questão de trazer os peixes para a aula e apresentá-los. Na piscicultura temos diversas espécies de peixes habitando diferentes ambientes, com diversas estratégias de sobrevivência, tornando-os o grupo mais multiforme dentro dos vertebrados. Com a visualização das estruturas anatômicas e fisiológicas entendemos melhor a dinâmica da atividade aquícola. E, para quem quer trabalhar na área, é fundamental conhecer o funcionamento do organismo do animal”, destaca Renata.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a Aquicultura é a atividade que mais cresce com as melhores oportunidades para atender a demanda de proteína animal no planeta. “No Brasil existem diversos entraves que tornam o desenvolvimento da atividade mais lento, mas podemos mencionar a Piscicultura Continental, Carcinicultura Marinha e a Malacocultura como os ramos mais desenvolvidos da Aquicultura. Segundo a Associação Brasileira da Piscicultura, a Piscicultura Brasileira movimenta cerca de R$ 4,3 bilhões por ano, produz 640 mil toneladas de peixes cultivados e gera 1 milhão de empregos”, finaliza.