Com o objetivo de avaliar a produção e composição do capim Tifton 85, sob as diferentes doses do nitrogênio e em condições natural do clima do cerrado, a acadêmica do 5º período do curso de Agronomia da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), Camila Luana Da Silva Pereira, desenvolve desde março de 2015 uma pesquisa sobre a gramínea Cynodon dactylon, sob orientação do professor Fausto Antônio Domingos Júnior. O projeto é financiado pela Fundagri (Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias), mantenedora da Fazu, em parceria com a Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais). O projeto tem término previsto para este mês.
O tifton 85 é uma gramínea, híbrido estéril, resultante do cruzamento da Tifton 68 com a espécie Bermuda Grass da África do Sul, que é considerada a melhor do mundo existente no gênero. É perene e estolonífera, com grande massa folhear e rizomas grossos, que são caules subterrâneos, responsáveis pela manutenção das reservas de carboidratos e nutrientes que proporcionam a sua resistência a secas, geadas, fogos e pastejos baixos.
De acordo com a aluna, o nitrogênio é o principal nutriente para manutenção da produtividade das gramíneas forrageiras, sendo essencial na formação das proteínas, cloroplastos, além de ser responsável pelas características ligadas ao porte da planta, tais como o tamanho das folhas, tamanho do colmo, formação e desenvolvimento dos perfilhos.
Camila afirma que na maioria das pesquisas realizadas, o nitrogênio tem proporcionado aumento imediato e visível na produção de forragem, devido ao fato da quantidade de nitrogênio disponibilizada pelo solo, a partir da matéria orgânica, não ser suficiente para suprir adequadamente a necessidade das plantas forrageiras. “A deficiência deste nutriente tem sido apontada como a principal causa para a redução da produtividade e degradação das pastagens, que não receberam adubação nitrogenada ou que receberam o nitrogênio em baixos níveis”, explica.
O nitrogênio fornecido adequadamente em condições favoráveis para o crescimento das plantas proporciona aumento na produção de massa seca e no teor de proteína, a partir da produção de carboidratos. “O manejo adequado do nitrogênio na agricultura é fundamental para que não haja prejuízos na relação custo-benefício, no ambiente (acidificação do solo, liberação de gases do efeito estufa, eutrofização de lagoas e açudes), na nutrição de plantas e de animais e à saúde humana através da contaminação de mananciais hídricos por nitratos”, acrescenta.
Sobre Camila Luana
Camila Luana Da Silva Pereira tem 30 anos, natural de Belo Horizonte/MG, a acadêmica do 5º período Agronomia, escolheu a Fazu por suas referências e estrutura. “A Fazu é a base para uma boa formação, excelentes professores e estrutura qualificada. As práticas que fazem toda diferença, acessibilidade de professores e coordenadores com alunos, atendimento em geral”, ressalta Camila.