Pesquisa inédita de aluna da Fazu aponta redução na produção de embriões em fêmeas

Estudante do curso de Zootecnia da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), Iasmin Midian Ferreira da Costa realizou uma pesquisa inédita que traz importantes contribuições para o campo da genética animal. Seu estudo avaliou doadoras e doadoras jovens, quanto ao seu potencial de produção embrionário correlacionando a fatores genéticos que mais implicariam na produção embrionária dessas fêmeas quanto ao seu potencial produtivo. A pesquisa foi publicada na Revista DBO por meio do zootecnista Rafael Mazão, que é egresso da Fazu e diretor técnico da Dstak Assessoria Pecuária, empresa de consultoria na qual Iasmin atua como trainee.

O MGTe é um índice amplamente utilizado pelos criadores, fornecendo informações sobre a qualidade genética dos animais. No entanto, a pesquisa de Iasmin demonstrou que apenas considerar o mérito genético pode não ser suficiente para garantir uma alta taxa de oócitos viáveis, um indicador crucial na fertilização in vitro (FIV), uma técnica cada vez mais utilizada no Brasil.

Segundo explicou Iasmin, o estudo teve como objetivo avaliar a possível correlação genética entre a produção de oócitos e as DEPs (Diferenças Esperadas na Progênie) para características reprodutivas, como idade ao primeiro parto, probabilidade de parto precoce, perímetro escrotal aos 365 dias, stayability e acabamento. Além disso, também foi analisada a relação entre a produção de oócitos e o índice MGTe da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP).

Foram compilados dados de 900 fêmeas Nelore PO, com idades entre 10 meses e 10 anos, submetidas a diferentes procedimentos de aspiração de oócitos entre os anos de 2019 e 2022, em duas fazendas.

“Os resultados do estudo mostraram correlações negativas entre o MGTe e a produção de embriões totais e viáveis, sugerindo um efeito negativo do MGTe sobre essa última característica. No entanto, a magnitude dessas correlações foi baixa (-0,08 e -0,06), o que indica a necessidade de mais estudos e discussões sobre o assunto. Atualmente, existem poucos trabalhos que investigam a influência de dados genéticos na produção de folículos embrionários, apesar do avanço dessa área no Brasil”, explicou a aluna.

Iasmin Midian Ferreira da Costa, natural de Uberaba (MG), possui uma experiência de sete anos na área de comércio de produtos de origem animal. Durante esse período, desenvolveu habilidades de negociação, comunicação e relacionamento interpessoal, além de despertar um maior interesse em adquirir conhecimentos sobre os processos que ocorrem antes dos produtos chegarem às prateleiras.

Atualmente, Iasmin está no 8º período do curso de Zootecnia na Fazu e desempenha a função de Trainee na Dstak Assessoria Pecuária, onde coordena pesquisas científicas e auxilia no intrarebanho de análise por safra.

Ela destaca que escolheu a Fazu como sua primeira opção devido ao direcionamento proporcionado pela instituição para o desenvolvimento de carreira. Além, é claro, da excelência do corpo docente e a infraestrutura oferecida aos alunos. “Eu também decidi seguir os passos do meu tio, Renato Telles (também formado na FAZU), ao qual é um grande profissional na área que atua”, reforçou a aluna.

Segundo Iasmin, a Zootecnia despertou cada vez mais sua paixão pelo melhoramento e produção animal, ao mesmo tempo em que a fez acreditar que essa é a profissão do futuro. “Poder realizar um sonho em estar ao lado de um profissional como Rafael Mazão, sem dúvidas nenhuma é um grande privilégio. E dada a confiança e oportunidade oferecida por ele em atuar ainda na graduação no setor que almejo futuramente, e colher os frutos vendo o artigo cientifico ser publicado em uma revista como a DBO, é uma mistura de amor e gratidão”, agradece.

Com essa pesquisa inédita e seu compromisso com o avanço da genética animal, Iasmin Midian Ferreira da Costa demonstra ser uma futura zootecnista promissora, contribuindo para o desenvolvimento e aprimoramento da pecuária brasileira.

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