Durante as férias escolares na Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), o professor Adilson de Paula Almeida Aguiar continuou seu trabalho de assistência técnica e consultoria aos seus clientes e trabalhou em propriedades de produção de leite nos estados de Goiás e Minas Gerais, e de produção de carne no estado do Pará.
Grupo 2MS
De acordo com o professor Adilson, entre os dias 31 de julho e 03 de agosto o ele trabalhou no estado do Pará, no município de Goianésia do Pará (402 km ao sul de Belém, capital do estado), na Fazenda Califórnia, de propriedade do Grupo 2MS, que ainda têm mais fazendas neste estado e nos estados do Mato Grosso e da Bahia, com um rebanho total em ciclo completo de mais de 25.000 bovinos. O primeiro trabalho do professor Adilson nesta empresa foi entre os dias 31/01 e 03/02 de 2018 quando ele fez o inventario de recursos e emitiu um diagnóstico da situação atual e do potencial do projeto especifico da Fazenda Califórnia.
O primeiro trabalho de rotina foi entre os dias 27 e 29 de junho, de 2018, o segundo entre 03 e 06 de abril de 2019, e agora foi o terceiro trabalho de rotina. As propriedades do Pará são gerenciadas pelo engenheiro agrônomo Luis Otato Neto e administrada por um dos 3 irmãos do Grupo 2MS. A área total desta propriedade compreende 3.344 ha, sendo destes 1.924 úteis. O rebanho no dia deste meu último trabalho compreendia 3.800 bovinos com taxa de lotação média de 1,97 cabeça/ha e 1,19 UA/ha.
“A meta para a próxima estação chuvosa é chegar em 2.4 cabeças/ha e 1.5 UA/ha por meio da adoção das tecnológicas de suplementação concentrada (semi-confinamento e TIP: terminação intensiva em pasto) e correção e adubação do solo. Da área útil de pastagens, 14,7% será intensificada na estação chuvosa 2019/2020 com meta de taxa de lotação de 4 UA/há”, afirma o professor.
No médio prazo a meta será alcançar 3 cabeças/ha e 2.1 UA/ha. O professor Adilson Aguiar tem orientado a escolha de espécies forrageiras, o estabelecimento de novas pastagens, a modulação das pastagens, o manejo do pastejo, o manejo e controle de plantas infestantes e de pragas, a correção e adubação dos solos, a suplementação do rebanho e a gestão do fluxo de caixa e do resultado econômico.
Fazendas Santa Vitória e Três Meninas
No dia 12 de julho o professor Adilson Aguiar trabalhou, pela segunda vez, em 2019 no projeto de produção de leite da Família Soave. O trabalho foi conduzido nas Fazendas Santa Vitória, localizada no município de Uberlândia, e Três Meninas, localizada no município de Monte Alegre de Minas. O professor Adilson Aguiar acompanha este projeto desde 2012 e é responsável pela orientação geral desde o seu início, mesmo antes da compra da propriedade.
“Neste projeto, a raça selecionada para a produção de leite é a raça Jersey com a finalidade de produzir leite com altos teores de sólidos por vaca e por hectare. O sistema adotado é o de produção de leite em pastagens intensivas sem irrigar (para as fases de recria e vacas secas) e irrigadas por pivô central (para vacas em lactação e vacas secas) suplementando o rebanho apenas com suplementos concentrados”, comenta o professor.
Em 2018 os indicadores médios foram os seguintes: 4.32% de gordura, 3,66% de proteína, 13.5% de sólidos totais, 206 mil de CCS, 5,9 mil de CBT e NUL de 13 mg/dL, 6.362 e 6.230 litros de leite, produzidos e vendidos diariamente, respectivamente; 12,2 litros de leite produzidos/vaca/dia, vacas pesando em média 364 kg de peso corporal; produtividade de leite por funcionário de 1.888 litros de leite/dia e modelo de gestão (Planner do MDA Gestão de Explorações Leiteiras, da Clínica do Leite da ESALQ/USP, de Piracicaba).
No dia 12/07/2019 a produção diária estava em 7.014 litros de leite com produtividade média por vaca de 10.5 litros/dia, vacas pesando em média 360 kg. Apesar de ser um projeto relativamente recente, pois a primeira ordenha foi feita no dia 17/11/2015, a produção de leite diária foi de 676 litros. O crescimento neste indicador em 3 anos foi de 9,4 vezes ou 940%.
O professor Adilson Aguiar e seus parceiros orientaram a compra das propriedades, a implantação das instalações, benfeitorias e edificações, a escolha do sistema de produção, a raça e as espécies forrageiras. Além da atividade leiteira os Soave investem nas atividades de produção de carnes de frango e suíno em sistema de integração, as quais estão também integradas com o sistema de produção de leite que usa o dejeto líquido de suínos e o esterco de aves.
BR Milk – Fazenda Larga
O professor Adilson Aguiar trabalhou nos dias 10 e 11 de julho, pela terceira vez em 2019, no projeto da BR Milk na Fazenda Larga, no município de Formosa (GO) para dar continuidade na orientação da evolução deste projeto dando continuidade ao trabalho que começou em maio de 2018 com a etapa de inventário de recursos com base no qual foi emitido o diagnóstico da situação atual e da potencial deste projeto.
“A Fazenda Larga tem uma área total de 1.174 ha dos quais 823 ha úteis. Da área útil 180 ha são irrigados por 4 pivôs centrais. Atualmente 60 ha irrigados por 2 pivôs estão cultivados com capim-tifton 85 destinados à vacas em lactação, os outros pivôs são cultivados com soja, milho e sorgo”, afirma o professor.
Os 2 pivôs explorados com pastagens estão modulados cada um em 20 piquetes divididos por cercas elétricas para o pastoreio de lotação rotacionada, com bebedouro em cada piquete. As pastagens em sequeiro (não irrigadas) são exploradas para as categorias de cria e recria de fêmeas leiteiras para a reposição, e vacas secas. O projeto é relativamente novo, teve início com a compra de fêmeas leiteiras (bezerras e novilhas) em 2015.
“A meta dos proprietários é alcançar, numa primeira fase, um rebanho com 1.000 vacas em lactação em uma área de 80 ha de pastagens de capim-tifton 85 irrigadas por pivôs centrais sendo suplementadas apenas com concentrados para um volume de produção de 15.000 litros por dia”, comenta Aguiar.
No dia 11 de julho estavam em lactação 314 vacas produzindo 3.220 litros de leite por dia com produtividade média de 10.25 litros/vaca/dia, vacas pesando em média 420 kg consumindo 4.4 kg de concentrado/vaca/dia. A taxa de lotação nas pastagens irrigadas estava em 10.1 UA/ha. Nesta etapa, o professor Adilson fez orientações para o manejo do pastejo, o manejo da fertilidade do solo, o controle de plantas invasoras, a criação de bezerras, a suplementação concentrada, ambiência animal.