No dia 13 de maio é comemorado o Dia do Zootecnista, uma profissão de suma importância para o desenvolvimento da cadeia produtiva da produção de proteína animal. Com o agronegócio respondendo hoje, por mais de 23% do produto interno brasileiro, o mercado para profissionais da área de zootecnia tem crescido muito e o futuro para um mundo sustentável passa, com certeza, pelas mãos desses profissionais.
O Brasil tem um grande potencial para ser o maior produtor de alimentos do mundo e o papel do Zootecnista é fundamental para essa tarefa. Com o crescimento da agropecuária e a necessidade de se trabalhar o aumento da produção de forma mais eficiente e sustentável é preciso conhecimento técnico, gerencial e estratégico, e é nesse contexto que o Zootecnista pode vir a ser o maior agente de sustentabilidade do país. A Zootecnia foi regulamentada somente em 1968. Ao longo desses 50 anos, a profissão se expandiu e vem se fortalecendo.
FAZU
A Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba) foi a primeira faculdade a formar zootecnistas no estado de Minas Gerais e a terceira no país. Ao longo de mais de quatro décadas, a Fazu se consolidou como um polo de ensino no Brasil e no exterior. Em 1975, a ABCZ instituiu a Fazu com o objetivo criar uma instituição de ensino superior capaz de formar mão de obra qualificada para auxiliar na profissionalização das atividades rurais. Desde então, a Fazu mantém o compromisso principal de gerar conhecimento e formar profissionais qualificados para atuar no agronegócio brasileiro e em outros setores da economia.
A Zootecnia da Fazu já colocou no mercado mais de 2 mil zootecnistas capazes de gerenciar, planejar e administrar empreendimentos do agronegócio, como fazendas, granjas, agroindústrias, envolvendo-se desde a produção até a comercialização. Localizada em Uberaba (MG), a Fazenda Escola da Fazu representa um suporte essencial para as aulas práticas, experimentos e pesquisas acadêmicas dos alunos. Em seus quase 200 hectares, estão instalados os mais diversos setores agropecuários que permitem o desenvolvimento das atividades profissionalizantes da Zootecnia.
O zootecnista tem a oportunidade de atuar em diversas áreas: no melhoramento genético, reprodução, nutrição e alimentação animal, manejo da pastagem, bem-estar animal, planejamento e administração rural e, por meio da zootecnia de precisão, pode fazer uso da tecnologia para melhorar a produtividade. Os profissionais formados em zootecnia também podem trabalhar como autônomos ou como consultores.
O profissional também promove o melhoramento genético e aplica técnicas de reprodução, podendo pesquisar nutrientes, acompanhar a fabricação de rações, vitaminas e produtos de saúde e de higiene para animais. Trabalha também na indústria alimentícia e na produção de alimentos de origem animal. Atua, ainda, como autônomo, fazendo planos de manejo animal ou dando assistência a propriedades rurais.
Nutrição animal, fisiologia animal e melhoramento genético integram o currículo. Há também aulas de manejo da pastagem, instalações e bem-estar animal e bioclimatologia. Disciplinas profissionalizantes abrangem a produção de bovinos, suínos, aves, equinos, pequenos ruminantes, coelhos e peixes. Na Fazu, os acadêmicos do curso de Zootecnia ainda estudam espécies silvestres (jacaré, capivara e javali), cujo consumo é regulamentado no país. Com foco nas atividades práticas, os alunos do curso de Zootecnia possuem aulas práticas em laboratórios e na fazenda escola desde o primeiro período.
AGRONEGÓCIO
A decolagem do agronegócio brasileiro deve muito ao trabalho do Zootecnista, já que ele tem a responsabilidade do desenvolvimento da produção animal e dos produtos de origem animal. Sua importância está em contribuir diretamente com o crescimento do volume de proteína animal, atendendo a demanda mundial. Já, para a sociedade, sua responsabilidade está em produzir alimentos em quantidade e qualidade, atendendo as expectativas da sociedade quanto à forma de criação, abate e a comercialização dos animais.
HISTÓRIA
A denominação Zootecnia (zootechine) surgiu em meados de 1843, criada pelo Conde Gasparin para designar o conjunto de conhecimentos já existentes relativos à criação de animais domésticos. Para a cultura latina a Zootecnia nasceu em 1848, no Instituto Versailles (França), com a criação de uma disciplina destinada ao estudo de criação de animais domésticos.
Por volta de 1907 o professor Nicolau Athanassof, graduado em Gembloux, na Bélgica chega ao Brasil para atuar como professor de Zootecnia na Escola Agrícola Luiz de Queiroz, em Piracicaba, no estado de São Paulo.
Em 1910 houve a regulamentação do ensino agrícola superior, entretanto, à época, só existiam os cursos de Agronomia e de Medicina Veterinária. Em 1951, os agrônomos e médicos veterinários que trabalham na área criaram a Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ), com o objetivo de divulgar trabalhos e pesquisas realizados na área da Zootecnia.
A aula inaugural do primeiro curso superior de Zootecnia foi realizada na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Uruguaiana (RS), no dia 13 de maio de 1966, dando origem à data comemorativa do Dia do Zootecnista, porém a profissão só foi regulamentada em 4 de dezembro de 1968 pela lei federal 5.550.
Adaptado: Ascom/CRMV-RO