Fazu realiza estação de monta em equinos da Fazenda Escola

Como as éguas são animais considerados sazonais, ou seja, ciclam apenas em uma época determinada do ano, os profissionais da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), que lidam com essa espécie, têm como maior desafio elevar sua eficiência reprodutiva, para obtenção de maior número de fêmeas prenhes no período. Éguas mestiças das raças Percheron, Mangalarga e Quarto de Milha, e garanhões puros das raças Percheron, Quarto de Milha e Mangalarga Marchador, foram utilizados na estação de monta.

De acordo com o zootecnista e supervisor da Fazenda Escola da Fazu, Sávio Caldeira, a sazonalidade reprodutiva caracteriza o animal que apresenta cio e ovulação durante uma fase do ano, que é a em que o período de luminosidade é maior, entre os meses de outubro e março. “A fase compreendida entre agosto e outubro, é denominada transição de primavera. O período de março a maio é aquele em que vão se finalizando os ciclos normais, ou seja, é a transição de outono. Deve- se considerar que, nos períodos de transição, a fêmea apresenta cios extensos e anovulatórios. Já entre os meses de maio a agosto, as éguas vão entrando em anestro, ou seja, ausência de cios”.

A técnica reprodutiva utilizada foi a Monta Natural Controlada (MNC), que há interferência do homem, que leva a fêmea em cio ao macho. Para melhorar os índices reprodutivos das éguas da Fazu foi utilizada ultrassonografia para avaliação reprodutiva, antes e durante o período de monta, até o diagnóstico da gestação. A técnica de ultrassonografia foi uma parceria com o Hospital Veterinário de Uberaba (HVU), localizado no campus da Fazu.

“É importante frisar que além dos corretos procedimentos reprodutivos e sanitários, levou-se em consideração o bem-estar dos animais, realizando-se o acompanhamento de forma a preservar a integridade das nossas éguas e garanhões dos parceiros. Os alunos do Projeto Integrador I de 2017/2 – primeiro período de Zootecnia – acompanharam e auxiliaram durante todo o período de estação de monta, tanto durante as atividades do projeto, bem como em horários extraclasse”, conta a professora responsável pelo equideocultura, Camila Raymundo.

Além disso, a professora ressalta o apoio dos funcionários da fazenda, a diretoria acadêmica e administrativa da Fazu/Fundagri, Carlos Henrique Cavallari Machado e João Machado Prata Junior, respectivamente. “Em nome da Fazu, agradecemos os médicos veterinários do Hospital Veterinário de Uberaba (HVU), Márcio Espinoza e Vitor Sartori, além dos alunos da medicina veterinária, que auxiliaram no processo. Também agradecemos, aos parceiros Sr. Sidney Pimenta, presidente do Núcleo do Magalarga Marchador e proprietário do Haras Kamby, que nos cedeu a cobertura de um garanhão puro sangue da raça. Ao Sr. Guilherme Fabri, da fazenda Três Irmãs, nosso muito obrigada por permitir que seu garanhão da raça Percheron permanecesse na fazenda-escola da Fazu durante todo período reprodutivo das éguas. Todas as pessoas aqui citadas foram responsáveis por total sucesso da estação, onde o diagnóstico de gestação apresentou 100% de prenhez das nossas éguas e dos parceiros”, finaliza a professora.

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