O professor da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), Juliano Ricardo Resende, visitou no último dia 17 de julho, um projeto de pecuária de corte em Itapitanga, região sul do estado da Bahia. A Fazenda São Roque possui 1.100 ha de área de pastagem e mantém cerca de 2.400 cabeças de novilhas e bezerras desmamadas destinadas ao abate.
Segundo informações do professor, o sistema de criação é em pasto e a pastagem é manejada em lotação rotacionada com módulos de 4 a 6 piquetes, cada piquete em torno de 15 ha. As forrageiras predominantes são consideradas nativas, o capim colonião e o capim sempre-verde. Ambas são da espécie panicum maximum, porém Juliano explica que não podem ser consideradas nativas por serem de origem africana. “Essas forrageiras foram introduzidas no Brasil de forma acidental, na época da colonização. Elas serviam de cama para os escravos que vieram para o estado da Bahia e Rio de Janeiro. Suas sementes foram jogadas no litoral e tornou-se predominante nestas regiões. Por serem forrageiras exigentes e de difícil manejo vem sendo substituídas por braquiárias ao longo do tempo”, explica Resende.
A pauta da visita foi a intensificação do desempenho animal com o uso de diferentes estratégias de suplementação. O professor fez várias simulações de níveis de suplementação, resposta zootécnica e econômica, conforme mostra na tabela abaixo. “O objetivo é a intensificação que será feita, a princípio com uso de sal proteinado em novilhas de 7 a 10@ e semi-confinamento (0,6 PV) com animais de engorda e terminação (> 10@). Após a estruturação da propriedade com cochos cobertos a suplementação será de 1% do PV”, afirma Juliano.
O professor afirma ainda que o interessante dessas visitas é que o pecuarista de hoje antes de adotar a tecnologia quer saber indicadores econômicos dela. “O técnico tem que dar as métricas, saber além de formular analisar cada situação e orientar o cliente do que pode ser feito e o melhor caminho para ganhar mais dinheiro. Esse é o objetivo”, esclarece Juliano.